ONU alerta para aumento de casos de doença misteriosa na América Central

Agência da ONU emitiu alertas de que as pessoas mais propensas a desenvolver a patologia são homens jovens em comunidades agrícolas de baixa renda

Postado em: 28-08-2017 às 11h25
Por: Victor Pimenta
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Agência da ONU emitiu alertas de que as pessoas mais propensas a desenvolver a patologia são homens jovens em comunidades agrícolas de baixa renda

Um grande número de jovens vivendo em comunidades de pequenos
agricultores na América Central está sofrendo de uma misteriosa doença renal.
Em comunicado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), informou que a
doença tem origem incerta e não está relacionada ao diabetes ou à hipertensão.

A agência da ONU emitiu recomendações às áreas afetadas
alertando que as pessoas mais propensas a desenvolver o mal renal são homens
jovens em comunidades agrícolas de baixa renda. Para a Opas, a doença está
associada a fatores como poluentes ambientais, condições de trabalho precárias
e  agroquímicos assim como baixa ingestão
de água.

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Os primeiros casos surgiram há mais de 10 anos. Numa nova
publicação, Epidemia de Doença Renal Crônica em Comunidades Agrícolas da
América Central, a agência tenta estabelecer um plano de vigilância para a
enfermidade.

De acordo com a Opas, os sistemas de saúde da região precisam
de mais informação sobre a epidemiologia para responder à situação e detalhar o
que pode ser usado como estratégias. Uma das propostas é identificar pacientes
com risco de insuficiência renal e que possam receber o tratamento adequado
para mitigar esses riscos.

Problema de saúde
pública

Um estudo recente mostrou que mais de 60 mil mortes causadas
por complicações renais ocorreram entre 1997 e 2013 na América Central. Muitos
casos só foram diagnosticados num estágio bem tardio.

Entre 2005 e 2012, somente em El Salvador, as internações
devido ao problema subiram 50%. Um ano depois, representantes da América
Central e da República Dominicana emitiram uma nota sobre o tema indicando a
epidemia de causas desconhecidas como um sério e urgente problema de saúde
pública.

A Opas informou que continuará acompanhando a situação para
promover uma vigilância e mobilização na área além de promover melhorias no
meio ambiente e condições de trabalhos dessas comunidades rurais. 

Com informações da Agência Brasil.

Foto: Reprodução.

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