Mulheres afegãs estão perdendo empregos e direitos com a retomada do Talibã no Afeganistão
Os níveis de mulheres afegãs empregadas caíram cerca de 16% no terceiro trimestre de 2021.
Por: Almeida Mariano
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A retomada do Talibã ao poder, em agosto, fez a economia do Afeganistão entrar em profunda crise, com empresas lutando para se manterem abertas. Com o corte de bilhões de dólares em ajuda e reservas, a população vive em um nível crítico. A situação é pior ainda para mulheres, que só podem trabalhar sujeitas a interpretação da lei islâmica pelo grupo extremista.
O medo de punições está fazendo com que mulheres deixem seus empregos, isso porque o grupo restringiu severamente a liberdade feminina quando governou pela primeira vez o país. Especialistas em direitos internacionais e organizações trabalhistas indicam um quadro sombrio para o emprego feminino.
Os níveis de mulheres afegãs empregadas caíram cerca de 16% no terceiro trimestre de 2021, de acordo com estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado na última quarta-feira (19). Já em relação aos homens, os níveis caíram em 6%.
“Minha renda mensal é de cerca de mil afeganes (US$ 10), e sou a única pessoa que trabalha na famíllia. Infelizmente, desde que o Talibã chegou ao poder, não há praticamente nenhuma renda.”, disse Saleha,uma trabalhadora de Cabul que sustenta uma família inteira.