Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Ministério público espanhol abre processos contra políticos catalães

Eles são acusados de crimes como rebelião, peculato, insurreição e perturbação da ordem

Postado em: 30-10-2017 às 12h55
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Ministério público espanhol abre processos contra políticos catalães
Eles são acusados de crimes como rebelião, peculato, insurreição e perturbação da ordem

O procurador-geral da Espanha,
José Manuel Maza, anunciou hoje (30) a abertura de processos contra vários
políticos catalães envolvidos na declaração de independência da região. Eles
são acusados de crimes como rebelião, peculato, insurreição e perturbação da
ordem.

De acordo com Maza, os líderes
separatistas atuaram com total desprezo pela Constituição espanhola. Ele
determinou uma fiança de seis milhões de euros ao grupo, que tem como
principais líderes Carles Puigdemont e Oriol Junqueiras, respectivamente
presidente e vice-presidente da Catalunha até a sexta-feira passada (27),
quando foram destituídos dos cargos.

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Na Bélgica

Ainda como desdobramento da
crise, foi anunciado hoje que o ex-presidente catalão Carles Puigdemont e
membros de seu governo se encontram em Bruxelas, sede da União Europeia, para
onde viajaram após terem recebido oferta de asilo político. No entanto, se não
se apresentarem quando forem chamados a depor, podem ter suas prisões
preventivas decretadas.

O procurador-geral apresentou
denúncia contra Puigdemont e o resto do gabinete catalão, já destituídos,
perante a Audiência Nacional (tribunal com sede em Madrid e que tem jurisdição
em todo o território espanhol). Eles são acusados de rebelião, insurreição e
desvio. Já contra a Mesa do Parlamento da Catalunha, a denúncia foi feita junto
ao Supremo Tribunal, pois estes ainda mantém foro privilegiado.

Na sexta-feira (27), após quase
um mês de incertezas sobre a situação na região, o Parlamento catalão aprovou,
em votação secreta, a declaração unilateral de independência. Os parlamentares
de oposição se retiraram do plenário minutos antes e não votaram.

Algumas horas depois da
declaração unilateral de independência, o governo espanhol autorizou a
aplicação do artigo 155 da Constituição do país, suspendendo a autonomia da
Catalunha e destituindo o presidente regional, Carles Puigdemont, e seu
governo.

Dissolução

No sábado (28), após o anúncio da
intervenção na Catalunha, o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy ordenou a
dissolução da Câmara dos Deputados catalã e convocou novas eleições para o dia
21 de dezembro.

Ontem (29), uma multidão tomou as
ruas de Barcelona para defender a unidade nacional sob o lema “Somos Todos
Catalunha”. Os organizadores afirmam que mais de um milhão pessoas
participaram da manifestação de apoio à unidade espanhola e à decisão do
primeiro-ministro, Mariano Rajoy, mas a polícia confirmou apenas 300 mil.

Hoje pela manhã o presidente do
Parlamento catalão, Carme Focadell, cancelou a reunião da Mesa da Casa e
informou que o órgão foi dissolvido, acatando as ordens do primeiro-ministro. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Ballesteros/Agência EFE

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