Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Preços de alimentos em alta, apesar da grande produção e oferta, alerta FAO

Em comunicado, a agência da ONU informou que a alta ocorre em meio a um cenário de larga produção e uma ampla oferta. Uma das razões é a subida do preço do transporte

Postado em: 09-11-2017 às 13h50
Por: Márcio Souza
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Em comunicado, a agência da ONU informou que a alta ocorre em meio a um cenário de larga produção e uma ampla oferta. Uma das razões é a subida do preço do transporte

O preço global dos alimentos para
importação deve subir cerca de 6% em 2017, em comparação com o ano passado. A
previsão é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO) e consta do relatório “Panorama da Alimentação”, lançado nesta
quinta-feira (9) em Roma, sobre o valor de commodities incluindo cereais,
oleaginosas, pescado, carnes, frutas tropicais etc.

Em comunicado, a agência da ONU informou
que a alta ocorre em meio a um cenário de larga produção e uma ampla oferta.
Uma das razões é a subida do preço do transporte. A conta total será de mais de
US$ 1,4 trilhão em 2017, o que representa um aumento de 6%, comparado a 2016. O
Panorama da Alimentação é divulgado duas vezes ao ano, examinando a situação do
mercado.

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O economista senior da FAO,
Abdolreza Abbassian, comentou que, além do cenário favorável, a demanda mundial
por alimentos ainda é forte, e que deve haver um aumento a cada ano para todas
as mercadorias agrícolas à exceção do açúcar. Para o especialista, o mercado
tende a ajustar os preços de forma mais equilibrada em 2018.

Segundo a FAO, as implicações
socioeconômicas do aumento impactam principalmente nos países menos desenvolvidos,
com alto volume de importação. A conta de importação de carnes, por exemplo,
deve ficar 22% mais alta que no ano passado, chegando a US$ 176 bilhões.

Brasil, China, Costa Rica, Índia
e México

O relatório da ONU prevê ainda um
cenário de oportunidades para a exportação de frutas tropicais, como manga,
abacaxi, mamão e abacate. Combinados, eles devem fechar este ano com um valor
de US$ 10 bilhões. Somente em 2017, devem ser produzidas 92 milhões de
toneladas dessas quatro frutas. Dentre os maiores produtores estão Brasil,
China, Costa Rica, Índia e México.

A boa performance é promissora
para o desenvolvimento rural e o combate à pobreza com mais negócios para
pequenos agricultores.

Já o recorde na produção de
mandioca deve ocorrer na África. Segundo o Panorama da FAO, esta é a terceira
fonte mais importante de calorias em áreas tropicais, após o arroz e o milho. A
África Subsaariana deve produzir 156 milhões de toneladas da raiz este ano. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: FAO/Benjamin Rasmussen 

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