Segunda-feira, 22 de julho de 2024

França detecta na Rússia origem de nuvem radioativa que afetou Europa

Episódio afetou "a maioria dos países europeus" entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro

Postado em: 10-11-2017 às 16h20
Por: Victor Pimenta
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Episódio afetou "a maioria dos países europeus" entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro

As autoridades de controle nuclear francesas consideram que a
origem dos níveis elevados de radiação detectados em diversos países do
continente no final de setembro e no início de outubro se situa na Rússia,
entre os rios Volga e Ural.

As conclusões do Instituto de Radioproteção e Segurança
Nuclear (IRSN) francês, estabelecidas com base nos níveis de rutênio-106
detectados em diversas estações de medição e dados meteorológicos, estimam esse
ponto como fonte da nuvem radiativa.

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O episódio afetou “a maioria dos países europeus”
entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro, embora no caso da França sua
concentração “não tenha consequências nem para a saúde humana nem para o
meio ambiente”, diz o instituto.

A partir das simulações realizadas, os pesquisadores
franceses determinaram que a origem do vazamento radiativo se situa na região
da Rússia compreendida entre os rios Volga e Ural, sem poder estabelecer um
local concreto.

O IRSN estabeleceu também que a radiação tem um caráter
acidental e aconteceu na última semana do último mês de setembro, segundo suas
estimativas.

Os cientistas franceses destacaram que, caso tivessem
detectado em seu país as concentrações de rutênio-106 estimadas na região do
foco, teriam sido adotadas medidas para a evacuação da população em um raio de
vários quilômetros.

Além disso, os dados mostram que na área do foco, os níveis
máximos de concentração desse produto radiativo superaram os níveis que afetam
a produção de alimentos.

Apesar disso, o IRNS considerou que a probabilidade de que os
produtos importados pela França dessa região estejam contaminados é
“extremamente baixa” assim como o risco sanitário derivado do seu
consumo, razão pela qual descartou fazer controles sistemáticos sobre esses
produtos.

Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: John Nazca/Reuters) 

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