Twitter justifica sua decisão de não bloquear líderes mundiais

"Bloquear um líder mundial no Twitter ou eliminar seus tweets controversos apenas ocultaria uma informação importante que as pessoas devem poder ver e debater", explicou a empresa em um comunicado

Postado em: 06-01-2018 às 14h15
Por: Márcio Souza
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"Bloquear um líder mundial no Twitter ou eliminar seus tweets controversos apenas ocultaria uma informação importante que as pessoas devem poder ver e debater", explicou a empresa em um comunicado

Diante das
crescentes críticas pelo uso que alguns líderes políticos fazem das redes
sociais para divulgar mensagens tendenciosas ou diretamente falsas, o Twitter
emitiu sexta-feira (5) um comunicado para justificar sua decisão de não exercer
nenhum tipo de censura a respeito.

“Bloquear
um líder mundial no Twitter ou eliminar seus tweets controversos apenas
ocultaria uma informação importante que as pessoas devem poder ver e debater.
Além disso, também não serviria para silenciar tal líder e, no entanto,
dificultaria a discussão necessária em torno de suas palavras e ações”,
explicou a empresa em um comunicado.

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O Twitter
decidiu se posicionar depois que numerosos usuários criticaram a rede social
nos últimos meses por não ter estabelecido um filtro para evitar os abusos
cometidos por algumas figuras públicas que utilizam a plataforma para
transmitir mensagens que, de outra maneira, não teriam o mesmo alcance.

Um dos casos de
maior destaque é, sem dúvida, o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
que não hesita em usar seu perfil pessoal no Twitter para criticar os meios de
comunicação, divulgar dados duvidosos sobre o seu governo e, inclusive, para
ameaçar e insultar outros líderes mundiais.

De fato, o
próprio Trump se converteu em um dos principais causadores desta polêmica
depois que decidiu compartilhar em novembro do ano passado uma série de vídeos
do partido minoritário de extrema-direita Britain First, que foram considerados
anti-islâmicos.

Essa ação de
Trump gerou uma onda de reações por parte de muitos cidadãos que exigiram que o
Twitter eliminasse essas mensagens e bloqueasse a conta do governante, tal e
como faz com outros usuários que utilizam a rede social para divulgar mensagens
de conteúdo racista, sexual e de ódio.

O Twitter, que
reconheceu “revisar” as mensagens dos líderes mundiais, assinalou
que, nesses casos, é preciso levar em conta “o contexto” e negou que
sua decisão de não tomar medidas a respeito tem como base o seu interesse por
gerar mais tráfego nas redes.

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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