Atiradores invadem escritório do grupo ‘Save the Children’

O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pela ação. Pelo menos cinco pessoas foram mortas e 24 feridas

Postado em: 24-01-2018 às 16h25
Por: Aline Carleto
Imagem Ilustrando a Notícia: Atiradores invadem escritório do grupo ‘Save the Children’
O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pela ação. Pelo menos cinco pessoas foram mortas e 24 feridas

Atiradores invadiram nesta quarta-feira (24) um escritório da organização não governamental de defesa dos direitos das crianças Save the Children na cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão, e lutaram com forças de segurança durante todo o dia, deixando ao menos 5 mortos e 24 feridos, antes de o ataque ser finalmente reprimido.

O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pela ação, que começou com um ataque suicida com um carro do lado de fora do escritório às 9h (horário local), seguido pela entrada de atiradores no complexo, onde resistiram a forças afegãs por cerca de 10 horas.

Continua após a publicidade

“O combate acabou”, disse a repórteres Attaullah Khogyani, porta-voz do governador.

Autoridades disseram acreditar que seis agressores estavam envolvidos na ação. Testemunhas afirmaram que ao menos alguns deles vestiam uniformes policiais, uma tática comum.

Dois dos mortos eram guardas do complexo e um era civil. Não ficou claro se os outros dois mortos eram agressores ou civis, disse o porta-voz.

“Uma explosão atingiu a área e logo após isto crianças e pessoas começaram a fugir”, disse Ghulam Nabi, que estava perto quando a bomba explodiu. “Eu vi um veículo pegar fogo e então disparos de tiros começaram”.

O Estado Islâmico disse, em um comunicado em sua agência de notícias Amaq, que o ataque teve como alvo instituições dos governos britânico, sueco e afegão. A Save the Children foi fundada na Grã-Bretanha, um grupo de ajuda sueco e um prédio do Departamento Afegão de Questões Femininas ficam perto do local.

O ataque destaca o quão difícil se tornou para os órgãos de ajuda humanitária operar no Afeganistão, onde enfrentam forte pressão de grupos armados e sequestradores.

Fonte: Agência Reuters

Foto: reprodução 

Veja Também