Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Presidente do Equador confirma assassinato de jornalistas

Sequestro e assassinato foram atribuídos ao grupo Oliver Sinisterra, liderado por Vernaza, um guerrilheiro dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)

Postado em: 13-04-2018 às 16h20
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente do Equador confirma assassinato de jornalistas
Sequestro e assassinato foram atribuídos ao grupo Oliver Sinisterra, liderado por Vernaza, um guerrilheiro dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)

O presidente do Equador, Lenín Moreno, confirmou nesta
sexta-feira (13) o assassinato dos três integrantes da equipe do jornal El
Comerci
o, sequestrados no dia 26 de março na província de Esmeraldas, na
fronteira com a Colômbia.

“A mensagem de todos os equatorianos é essa: com
profundo pesar, lamento informar que, passadas as 12 horas do prazo
estabelecido, não recebemos provas de vida e infelizmente temos informações que
confirmam o assassinato de nossos compatriotas”, afirmou o presidente do Equador
em entrevista coletiva, em Quito.

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Moreno ressaltou que, apesar dos esforços do governo, os
criminosos nunca tiveram intenção de libertar os profissionais do jornal El
Comercio. “Só queriam ganhar tempo”, afirmou.

O presidente anunciou, além disso, a retomada das operações
na fronteira com a Colômbia e ofereceu uma recompensa para quem der informações
sobre o líder do grupo de narcotraficantes que sequestrou e assassinou a equipe
do jornal equatoriano.

O líder do grupo, Walter Patricio Artízala Vernaza, foi
colocado na lista de mais procurados do país. O governo do Equador também
ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à prisão de
Vernaza no país ou na Colômbia.

Além disso, Moreno anunciou uma série de medidas, entre elas
declarar a região da fronteira com a Colômbia como área de segurança. Em
paralelo, o presidente do Equador afirmou que entrou em contato com órgãos
internacionais, como a Igreja Católica e a Cruz Vermelha, para localizar e
recuperar os corpos.

“Estamos de luto, mas não vamos nos amedrontar. Hoje,
mais do que nunca, peço ao país unidade pela paz”, afirmou Moreno.

O jornalista Javier Ortega, de 36 anos, o fotógrafo Paúl
Rivas, de 45, e o motorista Efráin Segarra, de 60, foram sequestrados na
província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia, quando realizavam uma
reportagem sobre a crescente insegurança na região.

O sequestro e assassinato foram atribuídos ao grupo Oliver
Sinisterra, liderado por Vernaza, um guerrilheiro dissidente das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc).

 Fonte: Agência Brasil e Agência EFE.

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