UE está insatisfeita o acordo comercial com o Mercosul

Fontes afirmam que o principal obstáculo para chegar ao acordo é a avaliação dos europeus de que as negociações não avançaram o suficiente para levar o diálogo a um nível político.

Postado em: 16-07-2018 às 17h45
Por: Guilherme Araújo
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Fontes afirmam que o principal obstáculo para chegar ao acordo é a avaliação dos europeus de que as negociações não avançaram o suficiente para levar o diálogo a um nível político.

Phil Hogan, comissário europeu de Agricultura. (Foto: Olivier Hoslet/ EPA)

O comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, disse nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) não está satisfeita com os progressos das negociações para firmar um acordo comercial com o Mercosul e descartou a hipótese de um pacto definitivo ser anunciado ainda nesta semana.

“Apesar das expectativas geradas por alguns, não estamos satisfeitos com o progresso que foi feito e não vai haver acordo nesta semana”, explicou Hogan após uma reunião com os ministros dos 28 países-membros da UE em Bruxelas.

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Hogan citou como problemáticos sete capítulos identificados em dezembro de 2016 como relevantes para a UE: carros, peças de veículos, regras de origem, licitações, serviços marítimos, produtos lácteos e indicações geográficas.

“Claramente, pela falta de progresso nos grupos técnicos na semana passada, não vai haver nenhum resultado propício, positivo e durável nesta semana sobre o Mercosul”, reforçou o comissário.

Fontes afirmam que o principal obstáculo para chegar ao acordo é a avaliação dos europeus de que as negociações não avançaram o suficiente para levar o diálogo a um nível político.

Os chanceleres do Mercosul realizarão nesta quarta-feira uma reunião com a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, um encontro paralelo à cúpula ministerial UE-Celac.

O ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, disse no início de julho que os chanceleres do bloco querem uma conclusão das negociações ainda neste semestre, mas ressaltou que seria ainda melhor que o acordo pudesse ser anunciado neste mês. 

(Agência EFE)

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