Papa condena assassinato de candidato à presidência do Equador

Ex-dirigente sindical e jornalista Fernando Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na última quarta-feira (9)

Postado em: 12-08-2023 às 12h00
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Papa condena assassinato de candidato à presidência do Equador
Ex-dirigente sindical e jornalista Fernando Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na última quarta-feira (9) | Foto: Divulgação/ ABr

O papa Francisco condenou, neste sábado (12), o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio. Em um telegrama enviado ao arcebispo de Quito, Alfredo José Espinoza Mateus, o líder da igreja católica classifica o atentado político como uma “violência injustificável”. Francisco também conclama os cidadãos e líderes políticos do Equador a se unirem em prol da paz.

“O santo padre deseja transmitir a vossa excelência [Mateus], à família de Villavicencio e a todo o amado povo equatoriano, o seu profundo pesar pela triste notícia do assassinato do senhor Fernando Villavicencio”, cita a mensagem, assinada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

“Diante do sofrimento causado por uma violência injustificável, que condena com todas as suas forças, sua santidade faz um chamado a todos os cidadãos e às forças políticas para que se unam em um esforço comum em favor da paz”, segue o texto em que os representantes do Vaticano citam à padroeira do Equador, Nossa Senhora de El Quinche.

Continua após a publicidade

O candidato presidencial pelo Movimento Construye, o ex-dirigente sindical e jornalista Fernando Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na última quarta-feira (9), a apenas 12 dias do primeiro turno das eleições equatorianas. Ao menos outras nove pessoas foram feridas no atentado, entre elas um candidato a deputado e três seguranças de Villavicencio. Seis suspeitos de participação no crime já foram detidos. Todos são colombianos, segundo o Ministério Público, que afirma já ter reunido provas contundentes, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos acusados.

No local do crime, peritos recolheram um fuzil e farta munição. A comoção gerada pelo assassinato de um candidato presidencial levou o governo do Equador a decretar estado de exceção em todo país, por 60 dias, chegando mesmo a suspender direitos como como a inviolabilidade dos lares e de correspondências, que poderão ser inspecionadas pelas forças de segurança. A data do primeiro turno das eleições, está marcada para o dia 20 deste mês.

Veja Também