Passagem do tufão Mangkhut pelas Filipinas deixa mais de 50 morto

Expectativa é de que os números da tragédia aumentem

Postado em: 17-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Expectativa é de que os números da tragédia aumentem

Um dia depois da passagem do tufão Mangkhut pelas Filipinas, as autoridades do país confirmaram a morte de pelo menos 59 pessoas em decorrência direta ou indireta do fenômeno climático.

Enquanto isso, equipes de resgate tentavam chegar, no domingo (16), a áreas remotas e de difícil acesso castigadas pelo tufão mais forte da temporada de ciclones deste ano no Oceano Pacífico. Nos próximos dias, a expectativa é de que os números da tragédia aumentem, tanto os de vítimas como os de perdas materiais.

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Os mais recentes dados da Polícia Nacional são de que 59 pessoas morreram, 16 estão desaparecidas e outras 47 ficaram feridas devido ao tufão, que nas Filipinas recebeu o nome Ompong.

A maioria das mortes ocorreu devido a deslizamentos de terra em áreas montanhosas que receberam fortes chuvas e ventos no sábado (15) durante cerca de dez horas no norte da ilha de Luzon.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, visitou hoje as províncias de Cagayan e Ilocos, onde constatou os danos em um voo de helicóptero. Ele também se reuniu com as autoridades regionais e nacionais para discutir o plano de recuperação das áreas afetadas.

“Presto minhas condolências a quem perdeu entes queridos”, disse o líder filipino em pronunciamento transmitido ao vivo pela televisão.

A previsão é de que Duterte visite amanhã a Região Administrativa de Cordillera, onde o saldo de vítimas é, por enquanto, o mais elevado, com 49 mortes e 13 pessoas desaparecidas.

Na região de Cagayan foram confirmadas sete mortes, além de uma em Luzon Central, uma em Ilocos e outra na capital do país, Manila.

Em Cordillera uma família de seis pessoas morreu quando a casa em que elas moravam, na cidade de Baguio, foi soterrada por um deslizamento de terra. Em Nova Vizcaya, um homem de 36 anos e três de seus filhos morreram nas mesmas circunstâncias, enquanto o resto de sua família estava em um abrigo.

No pequeno município de Itogon, em Cordillera, outro deslizamento de terra arrasou quatro barracões onde mineradores que trabalham na região estavam hospedados, causando pelo menos 33 mortes, embora as autoridades temam que o número possa passar de 100.

Resposta ao desastre

O assessor presidencial Francis Tolentino, designado por Duterte para supervisionar a resposta ao desastre, ressaltou que devem terminar hoje as tarefas de busca e resgate, para que amanhã comecem os trabalhos de reconstrução das áreas afetadas, com o objetivo inicial de reestabelecer os serviços de energia e telecomunicações. Mais de 130 mil pessoas permaneciam neste domingo em abrigos montados pelo governo, e cerca de 15 mil estavam refugiadas em casas de familiares, segundo o Centro Nacional de Redução de Desastres.

Apesar das dificuldades de acesso, a ajuda internacional já começou a chegar: 20 mil sacos de arroz do Programa Mundial de Alimentos, além de US$ 570 mil doados pela Austrália em artigos de primeira necessidade para 25 mil pessoas, que serão distribuídos pela Cruz Vermelha.

A passagem do tufão, o mais forte a chegar às Filipinas desde Haiyan em 2013, afetou, por enquanto, mais de 250 mil pessoas de maneira direta, segundo a Cruz Vermelha (Agência Brasil)

 

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