Argentina diz que não há tecnologia para retirar submarino

Ministro disse que governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos

Postado em: 18-11-2018 às 18h00
Por: Lucas de Godoi
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Ministro disse que governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos

Submarino argentino ARA San Juan naufragou há um ano (Arquivo/ Divulgação/Marinha da Argentina)

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou
neste domingo (18) que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA
San Juan, localizado neste sábado (17) a 900 metros de profundidade no Oceano
Atlântico.

“A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar
ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil
toneladas de peso do fundo do mar”, afirmou Aguad.

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Em entrevista à Rádio Mitre, o ministro explicou que o
governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de
operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a
retirada, o processo deve demorar muitos anos.

“É um equipamento de 2,3 mil toneladas”, reiterou
o ministro.

Criticado pelos parentes dos 44 tripulantes que estavam a
bordo do submarino na hora do desaparecimento há mais de um ano, Aguad
ressaltou que sempre disse a verdade aos familiares das vítimas e que a
localização da embarcação é uma prova disso.

“Ele afundou por uma implosão, não por fatores
externos. Não estou e nem estive em condições de mentir aos familiares. Não
temos capacidades técnicas para trazê-lo do fundo do mar”, afirmou.

Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em
resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela
investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na
decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para
decidir uma questão desta natureza.

“Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado
que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação.
Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha”, explicou o
ministro. (Agência Brasil)

 

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