Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem o Estado da Palestina

O reconhecimento será formalizado na próxima terça-feira (28)

Postado em: 22-05-2024 às 10h13
Por: Luan Monteiro
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O reconhecimento será formalizado na próxima terça-feira (28). | Foto: iStock

A Espanha, Irlanda e a Noruega reconheceram o Estado Palestino independente. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (22/5) pelo ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris.

O reconhecimento será formalizado na próxima terça-feira (28) e ocorre após a Assembleia Geral da ONU aprovar uma resolução que abre caminho para o reconhecimento da Palestina como Estado-membro da organização.

Os governos dos três países foram incisivos em sua oposição aos bombardeios de Irael em Gaza. Os ataques deixaram Gaza em ruínas om sua população sem saneamento e à beira da fome. Até o momento são mais de 35 mil mortos, sendo a maioria de civis.

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“Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecemos o Estado da Palestina”, disse Harris numa conferência de imprensa. “Antes do anúncio de hoje, falei com vários outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas”, disse o premiê da Irlanda, Simon Harris.

Já Pedro Sanchez, primeiro-ministro da Espanha, criticou a incursão militar e Benjamin Netanyahu. “Lutar contra o grupo terrorista Hamas é legítimo e necessário (…), mas Netanyahu está gerando tanta dor e tanta destruição, e tanto ressentimento em Gaza e no resto da Palestina, que a solução de dois Estados está em perigo”, afirmou.

Reação

Ainda nesta quarta-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse nesta quarta que ordenou a saída imediata de seus embaixadores na Irlanda, na Noruega e na Espanha. Além disso, os embaixadores dos três países foram convocados ao ministério.

Para Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou que a decisão de reconhecer um Estado Palestino “minou o direito de Israel à autodefesa e os esforços para devolver os 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza”.

“Israel não ficará em silêncio”, disse. “Estamos determinados a alcançar os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos e a remoção do Hamas e o regresso dos reféns. Não existem objetivos mais justos do que estes”, completou Katz.

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