Papa Francisco volta a dizer que há muita “viadagem” na Igreja Católica
Papa sugeriu que tendências homossexuais não devem ser aceitas em seminários
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
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O Papa Francisco voltou a utilizar um termo considerado homofóbico, dias após ter se desculpado por empregá-lo em uma reunião privada com bispos italianos.
De acordo com a agência de notícias italiana Ansa, o pontífice afirmou em uma conversa com padres de Roma que “existe um ar de viadagem no Vaticano”, sugerindo que homens com “tendências homossexuais” não deveriam ser aceitos no seminário.
A repercussão do uso da palavra “viadagem” (frociaggine, em italiano) foi imediata, com críticas ressurgindo a respeito da linguagem e postura do papa em relação à comunidade LGBTQIA+.
O Vaticano, em resposta, reiterou a posição do papa de acolher pessoas LGBTQIA+, mas destacou a necessidade de cautela na seleção de seminaristas.
Em 27 de maio, a imprensa italiana noticiou que, durante uma reunião no dia 20 do mesmo mês, Francisco comentou que os seminários estavam “cheios de viadagem” e que homens gays não deveriam se tornar padres.
Bispos presentes no encontro afirmaram ao jornal Corriere della Sera que o pontífice parecia não estar consciente do quanto a palavra era ofensiva em italiano, sua segunda língua.
Desde sua eleição em 2013, o papa Francisco tem buscado adotar uma postura mais inclusiva para com os fiéis LGBTQIA+, permitindo, por exemplo, a bênção de casais do mesmo sexo em dezembro do ano passado, apesar de manter o veto ao casamento homoafetivo.