Bebê resgatado do ventre de mãe palestiniana, morta em ataque aéreo
Os médicos realizaram uma cesariana de emergência, salvando o bebê, que foi transferido para o hospital al-Aqsa Martyrs, em Deir el-Balah

Na noite de sexta-feira (19/7), uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza resultou na morte de várias pessoas, incluindo uma mulher grávida de nove meses. Os serviços de emergência de Gaza confirmaram a tragédia.
A mulher, gravemente ferida durante o ataque ao campo de Nousseirat, no centro de Gaza, foi levada ao hospital al-Awda, onde não resistiu aos ferimentos. “Após sua morte, realizamos um ultrassom e detectamos batimentos cardíacos do feto”, informou o Dr. Raed al-Saudi, chefe do departamento de ginecologia-obstetrícia do hospital.
Os médicos salvaram o bebê ao realizar uma cesariana de emergência, transferindo-o para o hospital al-Aqsa Martyrs, em Deir el-Balah. Eles também levaram o pai do recém-nascido, ferido no ataque, para o mesmo hospital. “O bebê, um menino, está bem”, afirmou o Dr. Akram Hussein, cirurgião de emergência.

Em comunicado, o exército israelense afirmou ter eliminado “vários terroristas” em confrontos na Faixa de Gaza. Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a pressão militar sobre o Hamas deve aumentar. Nas últimas 24 horas, aproximadamente 30 pessoas morreram em bombardeios israelenses, segundo o Hamas.
A escalada de violência acontece após a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que declarou a ocupação israelense dos territórios palestinos como “ilegal”. Desde o início do conflito em 7 de outubro, após um ataque do Hamas ao sul de Israel, mais de 1.195 israelenses e 38.919 palestinos, a maioria civis, morreram, de acordo com dados oficiais e do Ministério da Saúde de Gaza.