Paramédica brasileira no Reino Unido diz como foi segunda onda da covid-19 no país

Nação foi a primeira a dar início às vacinações contra a doença | Imagem: divulgação

Postado em: 14-01-2021 às 18h55
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Nação foi a primeira a dar início às vacinações contra a doença | Imagem: divulgação

Jordana Ayres

A entrevistada do programa do Hoje News Tarde, desta quinta-feira (14/1), Priscila Currie, paramédica no Reino Unido, contou que a situação no país continua muito complicada e que, apenas nas últimas 24 horas, o país alcançou 1.500 mortes devido a nova variante do coronavírus, encontrada pouco antes do natal de 2020. 

“A situação no Reino Unido está muito complicada, nas últimas vinte e quatro horas nós tivemos mais de mil e quinhentas mortes, em média 47 mil novos casos da doença. Eu acho que a segunda onda está sendo pior do que a primeira, eu odeio falar isso, estou infeliz por ter que falar isso, mas pelo o que eu tenho visto nos meus plantões tem sido pior”, disse Priscila.

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O Reino Unido, primeiro país que deu início as vacinações com a vacina da Pfizer/BioNTech em dezembro do ano passado, atingiu níveis recordes de contaminação. Devido a esse motivo, todos os serviços não essenciais precisaram fechar as portas para conseguir um declínio na quantidade de pessoas infectadas, estão funcionando apenas farmácias, supermercados, consultórios odontológicos e hospitais; o uso de máscaras continua sendo obrigatório para entrar em qualquer ambiente. 

Priscila comenta ainda que apesar das pessoas estarem cansadas de ficar em casa, a nova cepa da doença é muito mais contagiante e que em uma única noite da semana passada, ela fez quatro óbitos. “As pessoas estão cansadas de ficar respeitando o lockdown, mas a nova cepa é muito mais contagiante, 70% mais contagiante do que o que a gente já conhecia. Na semana passada teve uma noite que eu fiz quatro óbitos, sendo que três deles foram de pessoas entre cinquenta e cinquenta cinco anos de idade, bem mais novos do que a gente estava vendo na primeira onda”, completa. 

Por fazer parte do grupo de profissionais da saúde, a paramédica foi vacinada no dia 31 de dezembro de 2020 e apresentou efeitos colaterais leves, como dores no braço e cansaço durante dois dias. 

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