“José Eliton é o nome natural para a sucessão de Marconi”

Venceslau Pimentel e Sara Queiroz (especial para O Hoje) Titular da Secretaria Estadual da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos

Postado em: 20-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Venceslau Pimentel e Sara Queiroz (especial para O Hoje)

Titular da Secretaria Estadual da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e do Trabalho, Lêda Borges  disse ontem, em visita à redação do jornal, que o vice-governador José Eliton (PSDB) é o nome natural à sucessão do governador Marconi Perillo (PSDB), em 2018. A deputada estadual licenciada, filiada ao PSDB, fala das ações e avanços da pasta e dos desafios deste ano. Como ex-vereadora e prefeita de Valparaíso, destaca os benefícios governamentais no entorno de Brasília. Sobre a polêmica da gestão compartilhada nas escolas públicas estaduais, ela sai em defesa da proposta do governador Marconi Perillo, por entender que se trata de um avanço na área do ensino em Goiás. A seguir, os principais pontos da entrevista.  

Secretaria Cidadã

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“O governador Marconi deixou algumas questões emblemáticas com a minha nomeação. Quando você tem um secretário de Estado que já foi prefeito, é outro patamar, porque a gente já vivenciou lá na ponta as angústias da administração municipal, nossas necessidades, e o que a gente precisa é da parceriado Estado. E a segunda leitura emblemática que eu faço da minha ida para ser auxiliar do governador é que eu sou a única secretária do interior e e representante do entorno. É a constatação do respeito que o governador tem com a região do entorno, não só por uma questão política, mas também em termo de gestão”.

Entorno de Brasília

“As ações do governador na região demonstram que não estamos abandonados. Ele é reconhecido desde o seu primeiro mandato como o único governador que olha com carinho e respeito para o entorno, e que traz um retorno para a região em obras. A obra, por exemplo, do sistema de água de Corumbá que vai da captação a adutora, ao fornecimento e distribuição. É uma obra que foi retomada pelo governador, em 2011. Além disso, nós temos na nossa região, na gestão de Marconi, a questão da energia, que teve uma melhora substancial. Temos previsto, também, um Hospital de Urgências para o Entorno Sul, em Valparaíso.  No Entorno Norte nós temos em Águas Lindas e Santo Antônio. Nós temos restaurantes cidadãos que foram construídos e uma unidade da Universidade Estadual de Goiás. A região reconhece o valor do governador Marconi Perillo como grande gestor e que ama aquele local.”

Crise financeira

“O governador anteviu a crise, o que fez a gente trabalhar e conseguir ainda equilibrar as contas do Estado. Foi essa visão anterior à crise que ele teve. Ele teve uma perspicácia que muitos não tiveram. Vemos tantos Estados sofrendo, porque não tiveram coragem e nem a perspicácia do ano difícil que teríamos. E o ano acabou, e não tivemos servidores com salários atrasadoss serviços de saúde e educação não foram ofertadas. O que mais parou foram as obras físicas, mas as obras sociais continuaram firmes. Só ano passado 150 mil pessoas foram atendidas pela Ação Cidadão em 22 cidades.”

Renda Cidadã

“A Renda Cidadã foi suspensa porque havia 44 mil famílias fora do CAD único, fora do cadastro social, e isso em Lei não pode, é proibido. Eles não poderiam estar recebendo o benefício. Nós estávamos agindo em desacordo com a Legislação. Até julho do ano passado tentamos fazer isso, colocar essas pessoas no cadastro único. Conseguimos menos da metade. Sobraram 26 mil famílias que não estavam cadastradas. Foi uma decisão de gestão para suspender o programa, em agosto de 2015. Vamos retornar com o programa agora em março com uma nova modelagem. Com a modelagem da qualificação profissional. O governador nos confirmou R$ 50 milhões para a Renda Cidadã esse ano.”

Super Secretária

“Quando o governador une em uma única pasta todas as minorias, todos os vulneráveis, a qualificação e o emprego, ele facilitou com isso a interlocução e o planejamento da secretaria. Quando eu trato uma mulher vítima de violência, no primeiro momento, que é o acolhimento a ela, ou a orientação, ou o acompanhamento da medida protetiva dela, eu olho essa mulher e já planejo a condição dela para inseri-la num programa para qualificá-la e para tentar o trabalho e a renda dela. Se as pastas ainda estivessem separadas, não seria só um gestor que planejaria tudo isso. Então até a interlocução, a finalidade e o atingimento de meta facilitou. Só aumentou o trabalho e ter alguém disposto a trabalhar. Compete a quem está à frente desses trabalhos quem o governador escolheu para ajudá-lo a governar. Ter a disposição de fazer. Há falhas? Claro. Nós conseguimos tudo? Muito difícil, porque a secretaria é complexa, é grande.”

Desafios

“Eu acho que no início nosso maior desafio foi unir todas aquelas secretarias, da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em torno de uma só. E ano passado nós perseguimos e conseguimos isso. A nossa pasta hoje se consolidou, tem suas dificuldades e limitações. Agora, qual Estado nessa crise nacional não deixou de fazer algo porque não houve condição de fazer? Temos que avançar mais, conversar com a sociedade organizada, por meio dos conselhos. Preciso avançar mais nessa interlocução. Temos pessoas que nos auxiliam para isso. Avançamos na questão da Renda Cidadã, avançamos na questão da Legislação Social. Há também avanços estruturantes, com novos avanços, como a patrulha Maria da Penha, o Jovem Cidadão que estava em apenas 80 municípios do Estado, hoje está em 246.”

OS’s na Educação

“O modelo do jeito que está já nos levou a nos posicionar em primeiro lugar no ranking nacional. Nós precisamos buscar um novo modelo que nos mantenha no primeiro lugar e avançar mais. Compartilhar gestão, em minha opinião de gestora e também professora, é uma decisão acertada. Porque diretor e professor têm que se preocupar com pedagógico e não com o estrutural, a divisão proposta é perfeita: aos professores a preocupação pedagógica, e a preocupação de administrar a escola deixa para a Gestão Compartilhada. Eles têm que dar conta dela. Nós temos que capacitar cada dia mais nossos professores e investir na qualidade do ensino”.

José Eliton

“Como presidente do PSDB Mulher e de vice-presidente do PSDB Estadual, de deputada do partido e de auxiliar do governador Marconi, acredito que José Eliton é o nome natural a sucessão do governador”.

Assembleia

“Eu gosto muito do parlamento, ele é muito bonito e é realmente a democracia em sua plenitude. É onde você discute todos os temas, onde você se posiciona e defende as ideais do seu povo. Mas o executar é desafiador. Sei que como deputada farei o melhor de mim, serei uma brilhante deputada, porque eu gosto do parlamento, mas também amo ser desafiada nas metas impostas”.

Sucessão

“Meu projeto político é do grupo e esse grupo é liderado pelo governador Marconi. Eu sou o coringa do governador, no sentido de ir para todos os lugares que ele precisa. Eu estarei pronta para qualquer desafio. Como eu já passei por todos, os desafios são postos e eu enfrento o que me é colocado. Então eu estou num projeto de um grupo político”.

Decisão judicial

“Eu tenho plena convicção na Justiça e no Poder Judiciário. Não houve nenhum enriquecimento ilícito e nenhum desvio de verba pública. A ação começou por uma questão de autopromoção, portanto, eu acredito e estou muito confiante na reforma integral da sentença, agora em 2° grau, por uma turma colegiada, deixando de ser uma sentença monocrática. Tenho confiança na reforma integral da sentença de primeiro grau. Não ficarei inelegível, porque para ter inelegibilidade há a necessidade do trânsito em julgado em todas as esferas da Justiça. Meus advogados já entraram com apelação no Tribunal de Justiça de Goiás e com certeza teremos esse fato solucionado e resolvido.” 

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