Marconi, Iris e Caiado pontuam em pesquisa

Levantamento da Universidade Federal de Goiás mostra que há pouco interesse do eleitor goianiense pela política

Postado em: 23-02-2016 às 00h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Marconi, Iris e Caiado pontuam em pesquisa
Levantamento da Universidade Federal de Goiás mostra que há pouco interesse do eleitor goianiense pela política

Sara Queiroz (especial para O Hoje)

Os goianienses têm pouco ou nenhum interesse em política. Foi o que concluiu a pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás, coordenada pelo professor Pedro Mundim, da Faculdade de Ciências Sociais da instituição. Segundo os dados do estudo, 81% dos entrevistados admitem não ter interesse por política e 66% afirmam que nunca confiaram em partidos políticos. A pesquisa foi realizada entre os dias 14 de novembro de 2015 e 17 de janeiro de 2016, com 1,2 mil eleitores com mais de 18 anos.

Pedro Mundim afirmou que o resultado da pesquisa não foi surpresa aos pesquisadores, já que historicamente os brasileiros não demonstram interesse pelos processos políticos, como também não confiam em partidos ou instituições. Ele explica que como o estudo é inédito, não há como comparar índices anteriores com os que foram divulgados. Porém, segundo o pesquisador, os estudos sociais indicam que “os brasileiros sempre foram muito negativos em relação a esse assunto”.

Continua após a publicidade

A pesquisa qualitativa mostra também que 74% dos goianienses consideram que a democracia no Brasil tem graves problemas e que 65% já participaram pelo menos uma vez de algum ato político, mas não deram continuidade. O estudo detecta que as redes sociais foram usadas por 23% dos entrevistados para discutir as eleições de 2014 pelo aplicativo whatsapp ou pelo facebook. Segundo o coordenador do projeto, as redes sociais facilitam a participação dos eleitores no processo, já que não é preciso muito recurso para fazê-lo. Porém, isso não quer dizer que essa é a melhor forma de representação.

Mundim afirma que o fato da pesquisa ter sido divulgada em ano eleitoral não foi proposital já que a ideia inicial começou em 2012, mas só começou a ser realizada a partir do ano passado. Apesar disso, o professor acredita que as informações colocadas pelo estudo podem ajudar os candidatos às eleições desse ano a prever o comportamento do eleitor. “O legal dessa pesquisa é que todo mundo pode ter acesso a ela. O candidato pode atestar a ideologia, o ponto partidário e prever o comportamento do seu eleitor”, atenta o pesquisador. Ele pontua que apesar de ser pública, para que tenha eficiência nas eleições a pesquisa deve ser bem analisada por aqueles que vão disputar o pleito desse ano.

Partidos

De acordo com a pesquisa, 59% dos eleitores não têm nenhuma preferência por partido político. Na sequência de escolhas partidárias aparecem PMDB (14%), PSDB (12%) e PT (6%). O partido mais rejeitado é o PT (50%), seguido pelo PSDB (9%) e pelo PMDB (5%).

Na pesquisa, os entrevistados tiveram que atribuir notas de 0 a 10 para lideranças políticas. Os melhores pontuados foram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (média de 6,34), o ex-prefeito Iris Rezende (5,33) e o senador Aécio Neves (4,83). Na lista também estão Ronaldo Caiado (4,75), Marconi Perillo (4,28), Lúcia Vânia (3,96), Lula (3,11), Paulo Garcia (2,70), Nicolás Maduro (2,68) e Dilma Rousseff (2,17).

Sobre o posicionamento ideológico, o estudo mostra que 41% dos eleitores entrevistados dizem estar ao centro, fato que chamou a atenção do professor Pedro Mundim. Segundo ele, esse é um dos poucos fatos que diferenciam o comportamento político goianiense do resto dos brasileiros. 

Marconi faz avaliação positiva de missão comercial 

Mostrar as potencialidades de Goiás, buscar investimentos e trocar experiências entre programas de inovação e melhoria da economia. Esses foram os principais pontos buscados e conseguidos pelo governador Marconi Perillo entre os dias 12 e 19 desse mês, enquanto esteve em missão comercial na Oceania. Ele pôde mostrar aos investidores e autoridades da região a força econômica e industrial de Goiás e deixar as portas abertas aos investidores e pesquisadores australianos e neozelandeses.

Ao final de sua missão, na sexta-feira, o governador apontou a importância dessa viagem para todo o Estado. Segundo ele pouca gente no mundo sabe onde fica Goiás, e que por isso, o resultado desses encontros no exterior que mostram a potencialidade goiana “é excepcional”.

Foram mais de trinta encontros nos dois países do continente. Em todos eles, Marconi apresentou os números positivos do Estado e debateu as parcerias que podem acontecer entre as regiões. Atualmente, a Oceania sofre pela dependência do mercado chinês, que começa a mostrar sinais de desaceleração do crescimento.

Durante sua passagem por Sidney, o governador conheceu o projeto semelhante ao Inova Goiás, onde pôde se espelhar e trocar experiências entre os programas. Na ocasião, ele afirmou que “Goiás estava no caminho certo” e que nas terras goianas “as empresas poderiam ser atraídas por um ambiente de inovação permanente”.

A parceria cultural também foi discutida por Marconi ao mostrar aos investidores e autoridades a proposta do programa Goiás Sem Fronteiras, que poderá levar o intercâmbio de estudantes e pesquisadores dos dois países. O programa foi bastante elogiado pelo embaixador brasileiro da cidade de Wellington, na Nova Zelândia, que disse ter bastante interesse no intercâmbio de pesquisadores das duas regiões. 

Veja Também