José Eliton diz não ao debate sobre 2018

Cogitado para a disputa eleitoral de 2018, vice-governador avisa que não é hora de falar em sucessão

Postado em: 29-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Cogitado para a disputa eleitoral de 2018, vice-governador avisa que não é hora de falar em sucessão

Venceslau Pimentel

Virtual candidato a sucessão do governador Marconi Perillo (PSDB), em 2018, o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária José Eliton (PSDB) não se furtou de comentar, na semana passada, notícias veiculadas na imprensa, que avaliavam eventuais riscos político-eleitorais que ele correria assumindo uma pasta espinhosa, diante do aumento da criminalidade no Estado.

Convocado por Marconi, Eliton deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para colocar ordem na casa (SSP), diante da comoção da sociedade com a morte brutal da estudante Nathália Araújo Zucatelli, 18 anos, vítima de latrocínio na última segunda-feira.  Ele assumiu no lugar de Joaquim Mesquita, que pertence aos quadros da Polícia Federal, e foi alçado à condição de titular da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

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Durante a solenidade de posse, na manhã de quinta-feira passada, no auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, comentou o assunto . “Vi que alguns tentam misturar conceitos que não cabem nesse momento, discutir sob a ótica eleitoral, o que não cabe neste momento”, disse ele, na presença de Marconi e de uma plateia formada, em sua maioria, por integrantes das forças de segurança do Estado. “O interesse que nos pauta, a ação que nos orientará, o foco que nos guiará nessa questão é a contribuição para uma sociedade mais justa”, pontuou.

Mais do que querer antecipar o processo sucessório, José Eliton disse que sua meta é a “atuar para que nós tenhamos um estado com a paz equilibrada e contribuir para que nós possamos ter em cada canto desse estado pessoas com o entendimento e a compreensão de que o direito de ir e vir é sagrado. É nessa direção que iremos caminhar”.

O primeiro sinal – e o mais claro – da articulação em favor de uma candidatura de José Eliton se deu quando o governador decidiu colocá-lo na principal secretaria: a de Desenvolvimento Econômico, que abriga Científico e Tecnológico, Agricultura, Pecuária e Irrigação. De pronto, ficou encarregado de implantar o Inova Goiás, uma plataforma que visa dar ao estado um salto em competitividade, com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, programa lançado em setembro de 2015.

Logo depois, Eliton trocou o PP – do qual era presidente do diretório estadual – pelo PSDB, por convite de Marconi. Desta forma, ele passa a ser nome natural à sucessão do governador. E caso vença a disputar, manterá a supremacia tucana em Goiás, que vem desde 1999.

Como que em resposta a indagações sobre o sucesso ou não dele, à frente da SSP, suscitadas no meio político, José Eliton disse, em discurso durante encontro do PSDB, em Goiânia, que quem tem medo não merece fazer parte da administração pública.

Durante o evento, ele recebeu elogios do senador e presidente do diretório nacional do PSDB, Aécio Neves. “Tenho certeza que José Eliton dará conta do recado. Com toda sua competência, acredito que ele fará um excelente trabalho”, disse Neves.

Apesar de estar focado nas ações à frente da SSP, de combate ao crime, José Eliton não estará fora das discussões em torno das eleições municipais. No evento, ele disse que o PSDB caminhará unido nas eleições, e que o partido reúne os melhores nomes para administrar as prefeituras goianas. “O PSDB é sinônimo de desenvolvimento”, disse.

Ao mesmo tempo, ele hipotecou apoio ao pré-candidato a prefeito de Goiânia, o deputado federal Giuseppe Vecci. “Será a voz do ‘Tempo Novo’ na capital”, disse. O vice-governador e titular da Secretaria de Segurança Pública destacou ainda que Goiânia precisa de uma administração moderna, que saia do comodismo. “Vecci é o melhor nome neste sentido”. 

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