Com cabeça raspada, Eike Batista é transferido para o presídio Bangu 9 no Rio

Empresário é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso

Postado em: 30-01-2017 às 14h45
Por: Redação
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Empresário é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso

Da redação

Eike Batista foi transferido nesta segunda-feira (30) do
presídio Ary Franco, em Água Santa para o presídio Bandeira Stampa, conhecido
como Bangu 9, no Rio de Janeiro. O empresário foi preso hoje pela Polícia Federal após voltar de uma viagem nos Estados Unidos . Devido Eike não possuir o
ensino superior completo, ele poderá ficar em presídio comum. A cela em que Eike
ficará preso tem capacidade para seis presos.

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De acordo com publicação da Veja, presídio Bandeira Stampa
tem um déficit de vagas menor que o Bangu 9. O presídio Bandeira Stampa possui
capacidade para receber até 992 detentos, contudo hoje a unidade conta com 1.865
presos. Já o presídio Ary Franco tem 968 vagas e atende 2.129 presos.

Eike, proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio
Sérgio Cabral, que está preso.

O empresário e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito
no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5
milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando
uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as
investigações.

Na quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o
empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados
informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao
Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e pediu a
inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia
internacional.

Eike, 60 anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil
e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna
estimada em US$ 30 bilhões. As empresas do grupo EBX atuam na área de
mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval. Em 2013,
entretanto, os negócios entraram em crise e Eike começou a deixar o controle de
suas companhias e vender seu patrimônio. Foto: Fábio Pozzebom/ Arquivo Agência Brasil (Fotos Públicas) 

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