Deputados se reúnem com Temer e dizem: delações não afetam votação de reformas

Presidente Michel Temer coordenou reunião com integrantes do governo e da base aliada para tratar da tramitação da reforma da Previdência

Postado em: 17-04-2017 às 08h00
Por: Renato
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Presidente Michel Temer coordenou reunião com integrantes do governo e da base aliada para tratar da tramitação da reforma da Previdência

O presidente Michel Temer coordenou neste domingo (17), no Palácio da
Alvorada, uma reunião com integrantes do governo e da base aliada na Câmara dos
Deputados para tratar da tramitação da reforma da Previdência (Proposta de
Emenda à Constituição – PEC 287/2016).

Participaram da reunião, que durou cerca de três horas, o
ministro da Fazenda, Henrique Meireles; o ministro da Secretaria de Governo,
Antônio Imbassahy; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira
Franco, além do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur de Oliveira
Maia (PPS-BA), e o presidente da comissão Carlos Marun (PMDB-MS).

Carlos Marun confirmou que Arthur Maia deve apresentar o
relatório final da reforma na próxima terça-feira (18). Segundo Marun, após a
apresentação do relatório, um pedido de vista coletivo deve ser feito e a
votação na comissão deve ficar para a próxima semana. Marun também disse que a
abertura de inquéritos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra deputados
citados nas delações da empreiteira Odebrecht não vai afetar os trabalhos. Para
o deputado, a abertura de investigação contra o relator não causa
constrangimento no colegiado.

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Arthur Maia é acusado de não ter declarado R$ 200 mil
recebidos da empresa para sua campanha eleitoral. Após a abertura da
investigação, o deputado disse que as doações foram legais e aprovadas pela
Justiça Eleitoral da Bahia. “Eu não tenho a mínima preocupação em relação
a esta lista vir a interferir na votação. Não vou minimizar a questão. Isso,
até ao contrário, traz uma exigência ainda maior de que nós cumpramos com o
nosso dever, que é votar”, disse Marun.

O deputado também garantiu que a reforma deve ser aprovada
no plenário por um “placar elástico” de, pelo menos, 350 votos. A
votação deve ocorrer na primeira semana de maio.

Relatório

A expectativa é que o texto final do relator modifique cinco
pontos polêmicos da reforma, conforme autorizado por Temer na última semana.

São eles: regra de transição para quem está na ativa,
aposentadoria do trabalhador rural, aposentadoria especial para professores e
policiais, pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a
deficientes físicos e idosos sem condições de sustento. Os temas são citados
recorrentemente nas 130 emendas apresentadas por parlamentares ao texto.

Para ser promulgada e entrar em vigor, a PEC ainda precisa
ser votada no plenário da Câmara e do Senado. (Agência Brasil)

Foto: Beto Barata/PR (Fotos Públicas) 

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