Por 14 a 11, comissão aprova relatório de reforma trabalhista

Após mais de oito horas de discussão, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Postado em: 06-06-2017 às 18h55
Por: Lucas de Godoi
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Após mais de oito horas de discussão, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou no
início da noite desta terça-feira (06/06), por 14 votos a 11, o relatório sobre
o projeto de “reforma” trabalhista (PLC 38). O colegiado ainda discute
destaques. Antes de ir a plenária, texto terá de passar ainda pelas comissões
de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa.

Durante a sessão, que começou às 10h, mesmo senadores que
disseram ver pontos positivos se pronunciaram contra o projeto. A rigor, nenhum
se manifestou a favor. Vários criticaram a postura do relator, Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), que não acatou nenhuma emenda. Para evitar retorno do texto à Câmara
– aprovado em abril como PL 6.787 –, ele apenas sugeriu vetos que seriam feitos
pelo presidente Michel Temer.

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Kátia Abreu (PMDB-TO), por exemplo, disse que não era
“carimbadora da Câmara”. Já Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que
Ferraço abria mão de sua prerrogativa de legislador.

“Eu me sinto totalmente constrangido em votar a favor
dessa matéria”, afirmou Otto Alencar (PSD-BA). “É a primeira vez que
eu vejo uma matéria vir da Câmara dos Deputados e o relator, senador Ricardo
Ferraço, que me surpreendeu, recomenda que o presidente Michel Temer vá vetar
ou mande uma medida provisória”. acrescentou, lembrando ainda do
julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior do Eleitoral, a pedido do
próprio PSDB, partido que, segundo Alencar, está “com o pé em duas
canoas”.

Ele se referiu ao líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR),
como “primeiro-ministro” do governo Temer. “Vamos tirar essa
matéria de pauta, primeiro-ministro. Essa matéria não vai livrá-lo (ao
presidente) dos problemas que ele tem com a Justiça”, afirmou.

Rede Brasil Atual 

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