Em depoimento a CPI, ministro da CGU nega ter cometido crime de prevaricação
Wagner Rosário presta depoimento a comissão sobre negociações de vacinas e a Precisa Medicamentos.
Por: Luan Monteiro
Em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário negou ter cometido crime de prevaricação e eximiu a culpa de qualquer outro servidor do órgão no que diz respeito às investigações sobre irregularidades no Ministério da Saúde.
O ministro traçou uma linha do tempo entre duas operações no Pará, nomeados de Parasita e Hospedeiro, que chegaram no nome de Marconny Faria, apontado pela CPI como um lobista que agiu com a Precisa Medicamentos no Ministério da Saúde.
Em de março deste ano, a investigação separou em uma nota a parte os conteúdos que citavam os envolvimentos de Marconny com a Precisa, mensagens que eventualmente a CPI teve acesso após compartilhamento de informações autorizado pela Justiça.
Tais informações foram solicitadas pela CGU após as suspeitas envolvendo a Precisa aparecerem na mídia. Segundo o ministro, elas foram protocoladas no sistema do órgão apenas em agosto de 2021.
“A licitação que houve tentativa de interferência pelo grupo de Marconny Albernaz foi cancelada e não foi usado nenhum real dos cofres públicos”, disse o ministro. “Fica claro que não existe prevaricação nem minha e nem de nenhum servidor da CGU. Não existe nenhuma pedida legal pendente a ser adotada”, complementou.
Durante o depoimento, Rosário afirmou, também, que 170 agentes públicos são investigados, porém, esta lista não inclui o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, o ex secretário-executivo do ministério da Saúde, Elcio Franco, e o ex-diretor de logística Roberto Dias, o ministro da CGU disse que o órgão “não realiza relatórios de pessoas físicas e apenas de fatos”.