Augusto Aras recomenda continuidade de investigação contra Bolsonaro por vazamento de dados

Ontem (31/1), o presidente afirmou que não prestou depoimento por recomendação do advogado-geral da União, Bruno Bianco

Postado em: 01-02-2022 às 10h18
Por: Igor Afonso
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Ontem (31/1), o presidente afirmou que não prestou depoimento por recomendação do advogado-geral da União, Bruno Bianco | Foto: Divulgação

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manter a investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo vazamento de dados sigilosos que apura o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.

No dia 13 de outubro de 2021, Aras enviou um documento à Corte – até então mantido em sigilo – onde reconhece que Bolsonaro revelou documentos sigilosos. “Os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação, inclusive para se chegar à alegada atipicidade”, escreveu.

O inquérito contra Bolsonaro foi aberto em agosto do ano passado pelo Supremo, após ele divulgar as informações sigilosas em uma live nas suas redes sociais. Na última sexta-feira (28/1), Bolsonaro deveria ter prestado depoimento à Polícia Federal sobre o caso, porém o chefe do Executivo não compareceu.

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Ontem (31/1), o presidente afirmou que não prestou depoimento por recomendação do advogado-geral da União, Bruno Bianco. “Tudo que foi tratado por esse advogado, que nos defende, eu cumpri à risca. E com toda a certeza, agora, o plenário do STF vai decidir sobre essa questão”, ressaltou em entrevista à Rede Record. 

Por fim, Bolsonaro afirmou que o documento não estava sob segredo na época. “Passou a ser sigiloso depois da minha live”, finalizou.

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