Bolsonaro ameaça derrubar ministro e presidente da Petrobras caso preços dos combustíveis não baixem

Sachsida admitiu que o governo pode apoiar um teto para cobrança do ICMS de 17%, em conversa com líderes governistas.

Postado em: 25-05-2022 às 17h44
Por: Rodrigo Melo
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Sachsida admitiu que o governo pode apoiar um teto para cobrança do ICMS de 17%, em conversa com líderes governistas. Foto: Marcello Casal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ameaçou o novo ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida nesta terça-feira (24/5), afirmando que está disposto a “trocar de novo” tanto o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, como o próprio ministro, se os preços dos combustíveis não baixarem. A declaração ocorreu durante encontro dos dois nesta terça-feira (24) no Palácio do Planalto, segundo relato do presidente a líderes governistas.

Bolsonaro apontou para aliados que foi por causa do “descontrole da Petrobras” sobre os preços do diesel e da gasolina que o almirante Bento Albuquerque acabou substituído por Sachsida. “Ele admitiu que não tinha controle sobre a Petrobras e eu não posso deixar a minha reeleição nas mãos de burocratas da empresa”, argumentou.

De olho no pleito deste ano, o presidente disse que a reeleição é sua “prioridade absoluta” e que o mesmo raciocínio sobre o preço dos combustíveis vale para a questão da energia elétrica.

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Contexto

Os comentários de Bolsonaro foram feitos ao tratar da votação no Congresso do projeto que estabelece teto para cobrança do ICMS sobre energia e combustível. A expectativa do governo é que o texto seja aprovado nesta quarta-feira, 25, na Câmara e no Senado.

Sachsida admitiu que o governo pode apoiar um teto de 17%, em conversa com líderes governistas. No entanto, a aprovação definitiva depende de uma negociação entre o Congresso e os governadores capaz de estabelecer compensação aos estados pela perda de arrecadação de ICMS.

“Não podemos deixar os preços dispararem neste momento, depois a gente vê como faz”, declarou Bolsonaro.

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