Proposta de Bolsonaro para combustíveis recebe críticas de caminhoneiros

"Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa" (Foto: Pixabay)

Postado em: 07-06-2022 às 08h47
Por: Francisco Costa
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"Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa" (Foto: Pixabay)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) propôs, na segunda-feira (6), compensar os Estados para zerar os impostos que incidem no diesel e gás (ICMS) até dezembro e também o PIS/Cofins e Cide na gasolina e álcool. Para a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), trata-se de uma “solução tabajara” para um problema “complexo”.

“Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa. O presidente Bolsonaro esta preocupado com sua reeleição, os caminhoneiros e o povo brasileiro estão preocupados em colocar comida na mesa de suas famílias, não vemos luz no fim do túnel”, diz nota assinada pelo presidente Wallace Landim, o Chorão Caminhoneiro.

Ainda segundo a nota, “a isenção do Pis, Cofins e da Cide representam 6% na composição do preço do diesel, não refresca em nada na vida do caminhoneiro, e não resolve a inflação que está matando o povo mais pobre de fome”. De acordo com ele, o preço dos combustíveis continuará subindo, já que o problema é a política de preços da Petrobras.

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A proposta de Bolsonaro foi debatida com os presidentes do Senado e da Câmara Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). Ambos estavam ao lado do presidente quando ele fez o anúncio no Palácio do Planalto. “Nós sabemos o que vem acontecendo na questão de combustíveis, onde todos sofrem, em especial os mais humildes”, disse em trecho.

Atualmente tramita no Senado – já aprovada na Câmara – um projeto de lei que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) nesses itens em 17%. Hoje, existem Estados que cobram mais de 30%.

Nota da Abrava

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