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sábado, 16 de novembro de 2024
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Eleições

Indefinição do PT em Goiás também prejudica pré-campanha de Lula no Estado

Vereador por Goiânia, Mauro Rubem afirma que demora prejudica todo o projeto da sigla no Estado

Postado em 16 de junho de 2022 por Francisco Costa

A indefinição do PT em Goiás não é ruim somente para uma possível pré-candidatura e pré-campanha em Goiás, mas também para o desenvolvimento de um palanque para o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. A avaliação é de membros do próprio partido.

O Jornal O Hoje conversou com alguns filiados, mas também com o vereador Mauro Rubem. “Prejudica todo o nosso projeto, ainda mais que já temos três pré-candidaturas definidas que defendem o governo Bolsonaro”, declarou o parlamentar.

Em relação aos nomes citados por Mauro Rubem, tratam-se de major Vitor Hugo (PL), Gustavo Mendanha (Patriota) e o próprio governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O mandatário do Estado, contudo, tem ficado neutro em relação ao primeiro turno.

Ainda segundo Mauro, essa indefinição impacta também as campanhas proporcionais. “Mas vamos reverter esse quadro com movimentos suprapartidários para colocar a pré-campanha Lula e Alckmin na rua, colados aos nossos pré-candidatos.”

Adiamentos 

O PT já adiou duas vezes o seu encontro estadual, momento em que ocorreria a possível indicação à federação (PT, PV, PCdoB) do nome que o partido gostaria que fosse o pré-candidato de consenso para postular o Palácio das Esmeraldas. A data original era 28 de maio.

Quando esta foi adiada para 11 de junho, o pré-candidato do PSB, o ex-governador José Eliton, retirou o nome da disputa. Ele disse que não houve consenso e que com a dilatação do prazo ficaria difícil estruturar uma pré-campanha e campanha. 

Extraoficialmente, a informação é que o PT Nacional articulava para ter o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na chapa de forma atropelada, o que desagradou José Eliton. Ele teria se chateado não somente em relação ao tratamento dispensado a ele, mas também ao pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Wolmir Amado, com quem manteve conversas constantes enquanto a federação e o PSB discutiam o melhor nome para o Estado. 

Nas vésperas do 11 de junho, o segundo adiamento. A presidente estadual do PT, Kátia Maria, informou que a mudança ocorreu por orientação do diretório nacional. Mais uma vez, nos bastidores, seria mais tempo para articulações do partido com Marconi. 

Oficialmente, contudo, a nota da presidência disse que o diálogo deve continuar para haver consenso. “O PT de Goiás apresentou o nome do Professor Wolmir Amado ao Governo de Goiás e segue em diálogo com a Federação Brasil Esperança, formada pelo PT, PCdoB, PV, a Direção Nacional e os partidos que compõem a aliança em apoio ao Presidente Lula.”

E ainda: “Considerando que as teses, que seriam debatidas no Encontro, envolvem partidos que integram a coligação nacional e amplo leque de alianças que está sendo construído em torno da candidatura do Presidente Lula e que é necessário ampliar os entendimentos com estes partidos e lideranças políticas sobre a construção dos palanques estaduais, é que se decidiu por continuar os diálogos na busca da melhor tática eleitoral.”

Esquerdas não querem Marconi

O anúncio do adiamento do encontro estadual do PT ocorreu no último dia 9. Um dia antes, lideranças de esquerda se reuniram em Goiânia a convite do vereador Mauro Rubem para debater o pleito deste ano. Estavam presentes líderes de movimentos sociais, sindicais e os partidos PT, PSOL, PV e Rede. O encontro aconteceu na Câmara de Goiânia, na sala da presidência.

Na ocasião, eles chegaram a conclusão que não veem o ex-governador Marconi Perillo como representante da chapa Lula-Alckmin (PT-PSB) em Goiás. Vale citar, Perillo estaria em conversas com PT nacional para compor a chapa da federação (PT, PV e PCdoB) em Goiás.

Na ocasião, os presentes defenderam a formação de uma chapa majoritária com os nomes de Wolmir Amado (PT) e Cintia Dias (PSOL) para o governo do estado; e Manu Jacob (PSOL), Denise Carvalho (PCdoB) e Cristiano Cunha (PV) para o senado. A ideia é que um novo encontro ocorra na segunda-feira (13) para debater um programa político que representa a chapa Lula-Alckmin no Estado.

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