Sem reforma da Previdência, ministro prevê PIB de 2018 em 1,7%

Segundo Dyogo Oliveira, caso a reforma, cuja votação na Câmara dos Deputados foi adiada para fevereiro de 2018, não seja aprovada, é possível que haja um aumento do risco país

Postado em: 19-12-2017 às 13h10
Por: Márcio Souza
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Segundo Dyogo Oliveira, caso a reforma, cuja votação na Câmara dos Deputados foi adiada para fevereiro de 2018, não seja aprovada, é possível que haja um aumento do risco país

O Produto Interno Bruto (PIB, a
soma de todos os bens e serviços produzidos no país) poderá fechar o ano de
2018 em 1,7%, abaixo da projeção de 3% anunciada na semana passada pelo
governo, caso a reforma da Previdência não seja aprovada, segundo o ministro do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira.

Segundo o ministro, caso a
reforma, cuja votação na Câmara dos Deputados foi adiada para fevereiro de
2018, não seja aprovada, é possível que haja um aumento do risco país. “Se não
tivermos a reforma da Previdência, o impacto imediato disso será no risco
país”, alertou,  acrescentando que “em
2018, se o risco país for para 300, está hoje em 170, teríamos perda de 1,3% do
crescimento. Se estamos falando em um crescimento de 3%, ele cairia para 1,7%”.

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“O risco país vai impactando
todas variáveis da economia. Mais risco país significa câmbio mais alto, taxas
de juros mais altas, custo financeiro das empresas mais alto, custo crédito dos
consumidores mais alto. Isso reduz a renda disponível das pessoas, derruba o
consumo e derruba o crescimento”.

Dyogo Oliveira disse, no entanto,
que o governo aposta principalmente na reforma da Previdência para manter a
retomada da economia iniciada nesse ano. “A decisão, a meu ver, desse
diferencial de ter um desempenho brilhante e ter um desempenho mediano, depende
da aprovação das reformas, da reforma da Previdência, e por isso estaremos nos
empenhando com muito mais força para encaminhar as reformas e a reforma da
Previdência, em particular”, disse.

De forma geral, a reforma
estabelece uma idade mínima obrigatória de 62 anos para mulheres e 65 anos para
os homens. Atualmente, a idade mínima é de 60 anos para mulheres e 65 anos para
os homens, mas ela não é obrigatória. É possível se aposentar por tempo de
contribuição. Pela proposta atual, haverá 20 anos de transição para que a nova
idade seja obrigatória.

O ministro Dyogo Oliveira
participou hoje (19), do Correio Debate Desafios para 2018, do jornal Correio
Braziliense.

O presidente do Banco Central,
Ilan Goldfajn, também participou do evento. Goldfajn ressaltou os avanços do
país em 2017, como a redução da inflação; a queda das taxas de juros; e a
recuperação da economia. A inflação acumulada em 12 meses foi reduzida de 10,7%
ao final de 2015 para 2,8% em novembro de 2017, “uma queda muito
significativa”, disse o presidente do BC. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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