PF apreende celulares com diálogos entre Aras e empresários bolsonaristas favoráveis a golpe, diz site

Os empresários faziam parte de um grupo de WhatsApp chamado “Empresários & Política”. Alguns deles se mostraram favoráveis a um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições

Postado em: 23-08-2022 às 20h02
Por: Ícaro Gonçalves
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Os empresários faziam parte de um grupo de WhatsApp chamado “Empresários & Política”. Alguns deles se mostraram favoráveis a um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições | Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta terça-feira (23/8) celulares de empresários bolsonaristas favoráveis a um golpe de estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições. Em meio às conversas averiguadas pelos policiais, haviam mensagens com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

A informação foi transmitida ao portal Jota por fontes da PF, do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal. Nas conversas, de acordo com o veículo, também haveria críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável por autorizar a operação da PF.

Foram apontados também comentários sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência e críticas ao ex-presidente e também candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Foram alvos da operação os empresários Luciano Hang (Havan), Meyer Nigri (Tecnisa), Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury, Luiz André Tissot (grupo Sierra) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii).

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Os empresários faziam parte de um grupo de WhatsApp chamado “Empresários & Política”, onde alguns teriam defendido a aplicação de um golpe de Estado caso Jair Bolsonaro saia derrotado, em outubro. As conversas foram reveladas pelo site Metrópoles.

A PGR alega não ter sido consultada por Moraes sobre a operação. O órgão afirmou não ter recebido do magistrado qualquer pedido de manifestação sobre os argumentos apresentados pela PF para justificar as buscas e apreensões. Aras também ocupa o posto de procurador-geral-eleitoral.

Além do mandato de busca e apreensão, Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio das redes sociais desses empresários e a quebra dos sigilos bancários.

A assessoria de imprensa da PGR ainda não se posicionou.

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