Ofensas, ‘panelinhas’ e direito de resposta marcam último debate à Presidência da República

Ao todo, foram 10 pedidos de direito de resposta deferidos pela comissão julgadora a candidatos que se sentiram ofendidos por adversários

Postado em: 30-09-2022 às 08h32
Por: Ícaro Gonçalves
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Ao todo, foram 10 pedidos de direito de resposta deferidos pela comissão julgadora a candidatos que se sentiram ofendidos por adversários | Foto: Marcos Serra Lima/g1

O último debate promovido na televisão entre candidatos à Presidência da República, promovida na noite de quinta-feita (29/9) pela Rede Globo, foi marcado por ‘bate-bocas’, acusações com direito de resposta e ‘panelinhas’ entre candidatos. Ao todo, foram 10 pedidos de direito de resposta deferidos pela comissão julgadora a candidatos que se sentiram ofendidos por adversários.

No início do primeiro bloco, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizaram uma sequencia de embates e acusações, com três pedidos de direito de resposta concedidos em sequência, o que irritou outros candidatos como Ciro Gomes (PDT). Durante as falas ambos se acusaram de “mentirosos”. Bolsonaro ainda disparou chamando Lula “ex-presidiário” e “traidor da pátria”. O petista revidou no mesmo tom, acusando Bolsonaro de propagar mentiras.

Outra dupla que marcou o debate com sérios momentos de provocações foi Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). A candidata do União Brasil chegou a chamar o sacerdote de “padre de festa junina” e “cabo eleitoral” de Bolsonaro.

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Kelmon também teve um embate com o ex-presidente Lula, que o chamou de “impostor” e “safado”. “Eu não estou vendo na sua cara um representante da igreja. Estou vendo um impostor. Alguém disfarçado aqui na minha frente. Só não sei como conseguiu enganar tanta gente”, disse o petista. O mediador do debate à Presidência da República, William Bonner, precisou por duas vezes interromper a resposta de Lula devido a interferências de Kelmon.

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Panelinhas

Algumas vezes, os momentos de trocas de ofensas cederam espaço para ‘panelinhas’ entre canidatos com alinhamento ideológico próximo. Foi esse o caso de Bolsonaro e Padre Kelmon, que concordaram por diversas vezes em fazer ataques contra a esquerda e o PT, além de vangloriar ações da gestão bolsonarista. Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke utilizaram a mesma tática.

Participaram da sabatina nove candidato, sendo eles Ciro Gomes, Felipe D’Ávila, Jair Bolsonaro, Lula, Padre Kelmon, Simone Tebet e Soraya Thronicke. O critério de participação no evento foi o número de representantes dos partidos no Congresso Nacional.

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