Institutos abordam resultados incorretos nas pesquisas

A diferença entre o resultado das urnas e projeções dos institutos de pesquisa ficavam evidentes à medida que a apuração avançava e quando foi concluída.

Postado em: 04-10-2022 às 16h34
Por: Lorenzo Barreto
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As pesquisas demonstraram falhas no último domingo (2). | Ilustração/Takeshi Gondo

Pesquisas eleitorais do Ipec e do Datafolha divulgadas na véspera da eleição resultados com margens de erro além do normal e resultados incorretos. O Jornal Nacional foi ouvir os institutos para um esclarecimento a população.

A diferença entre o resultado das urnas e projeções dos institutos de pesquisa ficavam evidentes à medida que a apuração avançava e quando foi concluída. A corrida presidencial, e as pesquisas para o senado foi um exemplo disso. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (1º), Jair Bolsonaro, do PL, aparecia com 36% dos votos válidos. Pela margem de erro, poderia ter de 34% a 38%.

Já a pesquisa Ipec mostrava Bolsonaro com 37%. Pela margem de erro, ele teria de 35% a 39%. Nas urnas, Bolsonaro teve 43,2% dos votos, de quatro a cinco pontos acima da margem de erro máxima nas duas pesquisas.

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Explicação

Os dois principais institutos de pesquisa do país têm uma explicação similar para os resultados incorretos. A própria divulgação das pesquisas indicando a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno pode ter feito com que os eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet , que votariam em Jair Bolsonaro em segundo turno, antecipassem suas escolhas para o primeiro. Ou seja, a informação fornecida pelas pesquisas ajudou os eleitores a fazerem suas escolhas na última hora.

Márcia Cavallari, diretora do ipec, explica como isso teria acontecido.

“A última pesquisa divulgada na véspera da eleição mostrava que o presidente Lula poderia ganhar a eleição no primeiro turno, e de fato ele ficou a 1,6% dos votos de ganhar no primeiro turno. O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, teve seis pontos a mais do que a pesquisa apontava, e analisando os resultados nós vemos que houve uma migração dos 3% de indecisos que ainda tínhamos na pesquisa na véspera da eleição e o índice do Ciro e da Simone que ficaram menores. Então, talvez com essa informação os eleitores tomaram uma ação estratégica de antecipar um possível voto no segundo turno neste primeiro para impedir que a eleição acabasse no primeiro turno”, diz Márcia.

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