De Silvye a Lêda, goianos elegem oito novos deputados federais

Eleita a mais bem votada, Silvye Alves (UB) é seguida por outro novato, Gustavo Gayer (PL)

Postado em: 05-10-2022 às 06h45
Por: Yago Sales
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Eleita a mais bem votada, Silvye Alves (UB) é seguida por outro novato, Gustavo Gayer (PL) | Foto: Reprodução

Quando começou a carreira na televisão aos 21 anos na TV Serra Dourada, Silvye Alves, 41 anos, não imaginava que, 20 anos depois, deixaria o Cidade Alerta, na Record TV, programa na liderança em audiência, aceitaria o convite da primeira-dama Gracinha Caiado para ser candidata a deputada federal mais bem votada em Goiás. 

Filiada ao União Brasil, Silvye obteve 254.653 votos (7,39% do total). O resultado pegou a jornalista de surpresa, embora ela entendesse que teria chance de chegar à Câmara Federal pautada pelo combate à violência contra a mulher e dar condições à vítima de continuar a vida em segurança. 

Além dela, outros sete nomes vão renovar a representatividade do povo goiano nos próximos quatro anos em Brasília: Gustavo Gayer (PL), Daniel Agrobom (PL), Marussa Boldrim (MDB),  Jeferson Rodrigues (Republicanos), Adriana Accorsi (PT),  Ismael Alexandrino (PSD) e Lêda Borges (PSDB). Quatro que não conseguiram se reeleger: Alcides Rodrigues (Patriota), Elias Vaz (PSB), Francisco Jr (PSD) e Lucas Vergílio (Solidariedade).

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Goiás, no entanto, manteve o mandato de nove deputados, como Flávia Morais (PDT), Glaustin da Fokus (PSC), José Nelto (PP), Adriano do Baldy (PP), Célio Silveira (MDB), Professor Alcides (PL), Zacharias Calil (UB), Rubens Otoni (PT)  e Magda Mofatto (PL). 

No domingo, como contaram amigos, Silvye emocionou-se nos primeiros minutos da contabilização dos votos, quando ficou claro que ela alcançava o pódio, trazendo renovação à bancada goiana e, principalmente, feminina. 

Com a estratégia de marketing, criou um programa apresentado por ela aos moldes do Cidade Alerta, onde não perdia o bom humor na rotina exaustiva de caminhadas, carreatas e eventos em busca dos eleitores que já sabiam em quem votar por se lembrarem da mulher mais conhecida da TV goiana. 

Em segundo lugar, e também novato, o bolsonarista Gustavo Gayer (PL) obteve 200 mil votos. A renovação foi de 47%, sendo oito novatos. Quatro deputados não disputaram a reeleição e outros quatro não conseguiram se reeleger. O Partido Liberal, legenda do presidente Jair Bolsonaro – na disputa no segundo turno -, ocupará quatro cadeiras. 

Para a reportagem de O HOJE, Silvye relembrou a tensão do último domingo (2). “Quando começou a abrir (as urnas), eu tremia. Fiquei preocupada. Não tive apoio de nenhum prefeito. O governador e a primeira-dama me apoiaram, mas não conseguimos viajar tanto. Então, não pensava que teria essa votação.”  

Perguntada sobre em que momento percebeu a dimensão do alcance de seu nome ao eleitorado, Silvye lembra que era abordada por pessoas que batiam no peito e diziam: “Meu voto é seu”. “Se eu tivesse os votos necessários para entrar, seria ótimo. Lá em Brasília, ser mais bem votado não importa”, diz apresentadora. E complementa: “O voto não é só meu. É da minha equipe, que encarnou a Silvye sorrindo para as pessoas como se fosse a Silvye. Era uma felicidade só”.  

Sobre a polarização entre esquerda e direita, a deputada eleita diz condenar qualquer tipo de briga e afirma que vai trabalhar com todos que queiram colocar em pauta os projetos (audaciosos), como a criação de delegacias específicas para investigar crimes contra a comunidade LGBTQIAP+. 

E dá o tom sobre uma personagem ligada ao ex-presidente Lula, a quem ela não pretende apoiar no segundo turno, preferindo se abster. “Sou apaixonada pela Adriana Accorsi desde que ela era delegada. Quero trabalhar com ela”, sinaliza, com o jeitão Silvye de conversar, como se falasse com o telespectador. (Especial para O Hoje)

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