Henrique Meirelles acredita que o Brasil precisa da reforma Previdencial

Meirelles justificou a necessidade da reforma dizendo que o atual regime da Previdência é injusto e destacou pontos problemáticos como renda, carteira de trabalho e tributos

Postado em: 31-01-2018 às 09h00
Por: Kamilla Lemes
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Meirelles justificou a necessidade da reforma dizendo que o atual regime da Previdência é injusto e destacou pontos problemáticos como renda, carteira de trabalho e tributos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (30), no evento Latin America Investiment Conference, na capital paulista, que acredita na aprovação da reforma da Previdência no próximo mês. “Estamos todos trabalhando e vamos, de fato, ter muita confiança de que há uma necessidade, da reforma, o Brasil precisa disso, estamos chamando a atenção de todos para isso, e acreditamos que sim, será aprovada”, disse.

Meirelles justificou a necessidade da reforma dizendo que o atual regime da Previdência é injusto. “Está ficando cada dia mais claro é que o sistema atual de previdência no Brasil é um sistema injusto e que o que está sendo proposto, a nova Previdência, é um sistema que estabelece uma maior justiça, uma maior equidade entre todos”.

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De acordo com o ministro, as pessoas que ganham menos – os 20% de menor renda da população – tendem a não conseguir ter carteira assinada durante os 35 anos exigidos pela Constituição e acabam se aposentando por idade. “Pode se aposentar antes para quem faz os 35 anos de contribuição, que tendem a ser pessoas de renda maior. Portanto, existe já uma questão de não equidade e o novo sistema é mais justo”, defendeu Meirelles.

Outra questão apresentada por ele é o problema fiscal. “Hoje, se nós olharmos os dados que foram divulgados há uma semana, 57% do total do Orçamento foi despesa da Previdência. É insustentável isso. O déficit da Previdência é maior do que o total de déficit público do governo. Portanto, é mandatório [aprovar a reforma] por quê? Porque isso está crescendo, quer dizer, de 57% vai para 80% em alguns anos e não vai haver dinheiro para educação, para saúde, para segurança, então isso é insustentável”, disse. 

Informações Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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