“Sou uma pessoa propositiva. Que não fica sentada”, diz Janja em resposta a críticas e casos de machismo

A socióloga disse não se importar com as críticas e que se preocupa apenas com o que o marido acha na situação

Postado em: 14-11-2022 às 08h15
Por: Ícaro Gonçalves
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A socióloga disse não se importar com as críticas e que se preocupa apenas com o que o marido acha na situação | Foto: Reprodução/Rede Globo

A futura primeira-dama do Brasil, Rosângela “Janja” da Silva, comentou no domingo (13/11) as críticas que tem recebido sobre sua participação na articulação política do futuro governo de Lula. Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, Janja reconheceu que houve traços de machismo e até mesmo de ciúmes por parte do entorno do petista com relação a ela.

“Houve machismo porque talvez a figura do Lula por si só se bastasse e agora tem uma mulher do lado dele, não que complemente, mas que soma com ele algumas coisas”, disse em entrevista à TV Globo.

“Hoje acho importante que quem olhe para ele também me veja. Isso não acontecia antes. Só se olhava para ele. Hoje, ele tem um complemento, uma soma, que sou eu. Não é porque eu estou do lado dele. É porque eu sou essa pessoa propositiva, que não fica sentada, que vai e faz”.

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A socióloga ainda disse que não se importava com as críticas e que se preocupa apenas com o que o marido acha na situação. Segundo Janja, não houve de sua parte intenção de participar das articulações, mesmo sendo um dos principais elos na relação do presidente eleito com a senadora Simone Tebet (MDB).

“Não tenho papel de articulação política. Pode até ter acontecido, mas não foi uma coisa planejada”, afirmou.

Leia também: Janja liga para Tebet e senadora conversa com Lula sobre apoio

Futura primeira-dama

Na entrevista, Janja disse querer ressignificar o papel de uma primieira-dama. “Para as mulheres, para as pessoas, para as famílias, de uma forma geral, em um papel mais de articulação com a sociedade civil”, explicou.

Ao Fantástico, ela pontou áreas que pretende atuar nos anos de governo do petista. “Acho que compromisso meu com certeza é trazer à luz alguns temas que carrego na minha história, que é a questão de violência contra as mulheres. Quero atuar bastante nisso, fazer essa discussão com a sociedade. Não é com medida provisória que resolve essa situação”, afirmou.

Eliane Cantanhêde

Na sexta-feira (11/11), a jornalista Eliane Cantanhêde, do canal GloboNews, comentou a atuação de Janja no processo eleitoral e de transição, nos quais considerou haver “excesso de espaço” ocupado pela futura primeira-dama.

“Ela já começou a participar de reunião, já vai dar palpite e daqui a pouco ela vai dizer quem pode ser ministro. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar primeira-dama”, opinou a jornalista.

O tema gerou polêmica e comentários sobre a fala ter sido machista, o que foi negado pela jornalista. A entrevista ao programa da Rede Globo ocorreu antes das falas de Cantanhêde.

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