O Projeto de Lei apresentado pelo vereador Clécio Alves (Republicanos) à Câmara Municipal de Goiânia que altera o nome da Avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende Machado foi adiado durante a sessão desta quarta-feira (16/11).

O adiamento ocorreu por parte do próprio vereador Clécio, que também presidia a sessão, em meio as vaias por parte de representantes do comércio da avenida. Sem força para aprovação, Clécio fez pedido de vista – que concede mais tempo para apreciação do projeto – e o aprovou logo em seguida.

Insatisfeitos com o adiamento, alguns vereadores pediram a votação do projeto ainda nesta quarta.

“Eu queria pedir que devolvesse a vista e que possamos votar esse projeto hoje ainda. Se vossa excelência ganhar, eu vou aplaudir, mas nós poderíamos pelo menos discutir o projeto”, disse o vereador Cabo Senna (Patriota). Em resposta, Clécio Alves afirmou: “eu preciso entender o projeto, entendê-lo melhor”, buscando justificar o adiamento.

Em seguida, Sargento Novandir (Avante) também criticou o pedido de vista. “Clécio Alves, o senhor afirmou que iria cumprir o regimento. Falou que iria fazer da maneira legal. Porém, vossa excelência “tratorou” esses humildes vereadores. Você não esperou a votação do pedido de vista. Hoje nós queremos a votação do pedido de vista no painel. Respeite os vereadores”, disse Novandir.

“Eu não só respeitei o regimento, como eu o cumpri na íntegra”, respondeu Clécio. Ao ser convidado a recolocar o pedido de vista em votação no painel, Clécio se negou. “É matéria vencida”, disse. Também se manifestaram contra o pedido de vista e o adiamento da votação os vereadores Lucas Kitão (PSD) e Gabriela Rodar (PTB).

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De acordo com Clécio, a sugestão para troca de nome da avenida foi inspirada no trabalho e no papel político desempenhado por Iris, como vereador, senador, ministro da Agricultura e da Justiça, governador de Goiás por duas vezes e prefeito de Goiânia por três mandatos. O político faleceu em 9 de novembro do ano passado. “Iris fez pelo município, pelo estado e pela nação. Esta é uma homenagem muito pequena”, afirmou o autor do projeto em outubro.