André Fortaleza vai disputar prefeitura de Aparecida em 2024
Diversos players já se organizam na tentativa de tomar a cadeira atualmente ocupada por Vilmar Marino (Patriota)
Os mais experientes não hesitam em afirmar que não há vácuo no Poder. Com os olhos voltados ao município de Aparecida de Goiânia, que hoje carece de líderes políticos de renome estado afora, diversos players já se organizam na tentativa de tomar a cadeira atualmente ocupada por Vilmar Marino (Patriota). O gestor, vale lembrar, chegou ao comando do Executivo pela vice do ex-emedebista, Gustavo Mendanha (Patriota).
Um desses nomes é o do presidente da Câmara Municipal, André Fortaleza (MDB). Não só o descompasso entre Executivo e Legislativo tem servido de combustível para que Fortaleza queira mergulhar na disputa que se avizinha — sim, do ponto de vista político, o espaço entre uma eleição e outra é mais do que curto.
Outro ponto digno de destaque e que chama atenção dos caciques da política é o fato do atual gestor não contar com uma robusta capilaridade, podendo ser desbancado, aos olhos da concorrência, com certa facilidade — o mesmo acontece na Capital comandada pelo prefeito Rogério Cruz, que chegou ao poder eleito na chapa encabeçada por Maguito Vilela.
Durante bate-papo com repórteres do jornal O HOJE, Fortaleza disse que procura, de fato, buscar a cadeira no Executivo. “Vou trilhar esse caminho e lá na frente, no final de 2023, se a minha avaliação estiver boa, claro que vamos [disputar]. Mas se não estiver, não tenho dificuldade nenhuma em dar um passo atrás”, relatou.
O presidente da Casa considerou, ainda, a possibilidade de buscar um “outro lugar” que o caiba, seja, inclusive, como candidato a vice-prefeito, caso o cenário no final do ano que vem seja diferente do esperado.
Nomes
Ao menos três políticos, além de Vilmar Mariano que deve buscar a reeleição, figuram entre os possíveis candidatos em 2024: os deputados federais João Campos (Republicanos) e Glaustin da Fokus (PSC), e o deputado estadual Max Menezes (PSD).
Ao prefeito, o político avalia que falta um “grupo” capaz de levá-lo à vitória. Quanto a Campos, Fortaleza não enxerga a mesma robustez dos entusiastas.
“Só porque teve a maior votação em Aparecida, carregado por Mendanha, não significa [um sinal de vitória]. Se pegarmos as votações dele nas eleições anteriores veremos que não é algo expressivo”. Glaustin da Fokus e Max Menezes, porém, o parlamentar avalia como “bons nomes” para o páreo.
Por falar em lideranças
Sobre o ex-prefeito, Gustavo Mendanha – que não pode disputar eleição em 2024 – Fortaleza avalia que o político precisará trabalhar para reorganizar sua base de apoio caso queira manter viva a liderança política local.
“Ele vai ter que recomeçar. O Gustavo precisa reorganizar seu grupo. Houveram muitas falhas no começo da campanha e eu mesmo disse que parecia que Aparecida não tinha união. Parecia que não estávamos apoiando o mesmo candidato, virou uma situação de impotência onde muitos companheiros estacionaram porque foram barrados”, considerou, por fim, o político.
Mendanha, para ele, terá que conversar com o grupo e entender realmente que está ao seu lado. “É necessário valorizar o grupo como um todo. Nós não podemos destratar e desvalorizar companheiros que estiveram ao nosso lado o tempo inteiro”, disse o político que apimentou a resposta ao considerar a saída de Max Menezes do grupo mendanhista com “corajosa”.