Maioria dos goianos apoia Pacheco na presidência do Senado

Disputa à presidência do Senado conta com três nomes até o momento: o atual presidente Rodrigo Pacheco, o ex-ministro Rogério Marinho e o “independente” Eduardo Girão

Postado em: 12-12-2022 às 08h30
Por: Francisco Costa
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Disputa à presidência do Senado conta com três nomes até o momento: o atual presidente Rodrigo Pacheco, o ex-ministro Rogério Marinho e o “independente” Eduardo Girão. | Foto: Reprodução

O Senado terá mais um postulante à presidência. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou, no domingo (11), que concorrerá ao cargo. Ele se junta na disputa ao atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-ministro de Bolsonaro (PL), Rogério Marinho (PL-RN). A maioria dos congressistas goianos, contudo, já está fechada com o mineiro. 

Vanderlan Cardoso (PSD), que preferiu não se manifestar quando a disputa estava entre Pacheco e Marinho, uma vez que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição ainda não havia sido votada no Senado, dessa vez deixou claro sua posição. O senador irá optar pelo colega de partido Rodrigo Pacheco. 

“A disputa da mesa diretora começa a tomar forma agora, com os candidatos se apresentando para a função. Por estar em seu primeiro mandato como presidente, Rodrigo Pacheco tem a prerrogativa de ir para a reeleição. Caso decida participar da disputa, o PSD deve apoiar sua candidatura por unanimidade, e votarei junto com o partido”, declarou ao jornal.

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Coordenador de Pacheco

O senador Jorge Kajuru assumiu o compromisso de votar em Rodrigo Pacheco há dois meses. Mais do que isso, ele é o coordenador da campanha do mineiro para a presidência do Senado. Desta forma, ele deixa claro que, apesar da amizade por Girão – que é do mesmo partido –, ele estará com o atual presidente.

“O Girão é meu irmão. Sou amigo do seio da família. Mas tenho palavra e dei minha palavra há 2 meses e meio para o Pacheco e ele me escolheu para ser o coordenador da campanha”, disse e emendou: “Então, como é que eu faço? Estou coordenando a campanha. Dei minha palavra. Como vou mudar para o Girão? Quero que seja feliz, mas voto não tem jeito.”

O Jornal O Hoje também procurou o senador eleito Wilder Morais, que assume em fevereiro e também poderá votar no presidente. Não houve retorno. Pela proximidade com o presidente Bolsonaro, tendo sido, inclusive, o candidato ao Senado do Chefe do Executivo em Goiás é possível que ele apoie Marinho.  

Apoios

Vale citar, Pacheco tem o apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Alta, Davi Alcolumbre, também trabalha pelo nome do mineiro. Alcolumbre, claro, tem os próprios interesses. Ele ajuda Rodrigo, neste momento, para poder retornar à presidência do Senado em 2025. 

Já o senador eleito Marinho teria o apoio dos congressistas entusiastas do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro. O bolsonarista, inclusive, já criticou Pacheco em entrevista à jornalistas, no Senado. 

Para ele, o atual presidente se omitiu em decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes. Sobretudo, em relação às suspensões de perfis de bolsonaristas em redes sociais.

O “independente”

Pelo Twitter, Girão fez o anúncio de sua candidatura como “independente e altivo”. “Hoje não me sinto representado, pois demandas legítimas são engavetadas por decisões monocráticas. Essa Casa tem dever para a democracia. Sei que é difícil, mas dia 1º de fevereiro será final de Copa… da política.”

Entre os projetos engavetados, ele cita aqueles que dão autonomia aos Poderes. Ainda segundo ele, a Casa está distante dos interesses da sociedade. “Estou me colocando à disposição para ser candidato à presidência do Senado. Sei que é muito difícil.”

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