Quinta-feira, 28 de março de 2024

MPF conclui investigações de assédio sexual na Caixa e pede condenação de ex-presidente

Desde as denúncias, há quase sete meses, Guimarães e outros envolvidos não sofreram condenações na Justiça

Postado em: 04-01-2023 às 17h38
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: MPF conclui investigações de assédio sexual na Caixa e pede condenação de ex-presidente
Desde as denúncias, há quase sete meses, Guimarães e outros envolvidos não sofreram condenações na Justiça. | Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações sobre denúncias de assédio sexual e moral na Caixa Econômica Federal que teriam sido praticados pelo ex-presidente, Pedro Guimarães. O processo corre sob sigilo e, portanto, não é possível confirmar se ele será alvo de acusação formal.

Desde a divulgação das denúncias feitas por empregadas do banco, em 2021, Guimarães e outros executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram condenações na Justiça. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) acompanha de perto os desdobramentos do caso e pede a punição rigorosa aos autores.

“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, disse o presidente da Federação, Sergio Takemoto.

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Em setembro de 2021 a Fenae solicitou ser assistente na ação do Ministério do Trabalho (MPT) que pede a condenação de Guimarães e da empresa.

A ação do MPT pediu a condenação de Pedro Guimarães ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.

De acordo com a conclusão do órgão, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano. A partir da gestão de Pedro Guimarães, em 2019, até o dia 1 de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.

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