Flávio Dino diz que já encontrou “provas políticas” sobre participação de Bolsonaro nos atos golpistas

"O que posso afirmar é que as investigações continuam. E que mais pessoas serão presas”, disse o ministro da Justiça

Postado em: 02-02-2023 às 08h57
Por: Ícaro Gonçalves
Imagem Ilustrando a Notícia: Flávio Dino diz que já encontrou “provas políticas” sobre participação de Bolsonaro nos atos golpistas
"O que posso afirmar é que as investigações continuam. E que mais pessoas serão presas”, disse o ministro da Justiça | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministro da Justiça Flávio Dino afirmou na quarta-feira (1º/2) já ter encontrado ‘provas políticas’ de crimes de Bolsonaro no âmbito das investigações sobre atos golpistas em Brasília.

“Politicamente (falando), sim. Juridicamente, ainda não. O que posso afirmar é que as investigações continuam. E que mais pessoas serão presas”, disse o ministro da Justiça em contato ao portal Metrópoles.

Jair Bolsonaro permanece no estado americano da Flórida desde 30 de dezembro de 2022, hospedado na casa do lutador José Aldo. Aliados do ex-presidente estimam que ele deve permanecer nos Estados Unidos pelo menos até o fim de fevereiro, temendo o risco de ser preso.

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No sábado (28), o senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou que não há previsão para o retorno de seu pai ao Brasil. “Não tem previsão, ele que sabe. Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei. Ele está desopilando. Você nunca tirou férias, não?”, disse o senador.

Para garantir sua permanência nos EUA, o ex-presidente teria concordado em requisitar a mudança do status de seu visto de chefe de estado para turístico. “Está tentando, norma. Ele tem que mudar a classificação do visto. Qualquer pessoa que é autoridade e deixou de ser tem que legalizar essa situação”, disse Flavio.

Provas’ e recado a Bolsonaro

Também na quarta-feira (1º/2), o Supremo Tribunal Federal (STF) reabriu o plenário e a presidente da corte, Rosa Weber, fez um pronunciamento sobre o retorno dos trabalhos. Segundo interpretações, o discurso teria uma parte direcionada a Bolsonaro.

“Assevero, em nome do Supremo Tribunal Federal, que, uma vez erguida da Justiça a clava forte sobre a violência cometida em oito de janeiro, os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei nas diferentes esferas”.

A parte em que Weber diz “insuflaram” seria um recado a Bolsonaro.

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