Políticos reagem à ordem de prisão

“O Supremo tomou uma decisão jurídica que
precisa ser respeitada. Agora, ficou claro a divisão do Supremo. Eu acho que na
verdade essa divisão expõe, de certa forma, a divisão da sociedade. Em minha
opinião o que deve ser mais sagrado é o cumprimento da Lei, da Constituição.
Todos sabem que tive um posicionamento antagônico (ao Lula) ao longo do tempo,
mas nem por isso vou fazer uma avaliação que seja contra ele apenas porque ele
é meu adversário.”

Marconi Perillo, governador de
Goiás

“Esse mandado de prisão é mais uma
arbitrariedade, mais uma movimentação da parcialidade do judiciário,
demonstrando que estamos vivendo um estado de exceção, onde o ex-presidente
Lula tem um tratamento diferenciado”.

Kátia Maria, presidente do PT
em Goiás

“Essa condenação representa o
interesse de quem está desmontando o Brasil. O Lula foi condenado sem nenhuma
prova material. Foi um julgamento político”.

Mauro Rubem, ex-deputado
estadual e presidente da CUT em Goiás

“Tem de ser considerada
normal, porque a Justiça não pode diferenciar as pessoas perante a lei. Justiça
não é para alguns, é para todos.”

Deputado federal Izalci Lucas,
presidente regional do PSDB-DF.

“A Lava Jato foi uma
operação viciada desde o início, com propósitos e destinatários certos. Uma
sentença falha, sem provas e com indícios fracos, que não fundamentaram uma
condenação em circunstâncias normais. A prisão do Lula é um atentado à
Democracia e deveria motivar a revolta de todo cidadão honesto, independente de
preferências ou ideologias”.

Alessandra Minadakis, membro
da Executiva Estadual do PSOL Goiás

“Não tenho sentimento de
vingança em relação ao Lula. Também não desejo seu mal. Muito menos comemoro
sua prisão. Já passei por isso e sei o quanto uma prisão é desumana, cruel.”

Roberto Jefferson, presidente
do PTB e autor da denúncia do Mensalão do PT em 2005

“A decisão de hoje piora
o quadro. Fica agudo o sentimento daqueles que torcem pela prisão e pelos que
torcem para que ele não seja preso. Só tenciona mais o clima”

Deputado Júlio Delgado (MG), líder
do PSB na Câmara.

“O ex-presidente teve
direito a sua defesa, a usar todos os recursos estabelecidos no Código Penal e
foi condenado. Por isso, espero que ele se apresente conforme a determinação do
juiz Sérgio Moro.”

Rodrigo Garcia (SP), líder do
DEM na Câmara

“Decisão de Moro sobre Lula é
avanço para o País”

Alvaro Dias, senador e
pré-candidato à Presidência pelo Podemos

“Aqueles que têm responsabilidade
pública, em qualquer nação, não podem celebrar a ordem de prisão de um
ex-presidente da República. No entanto, o mandato de prisão decorre de um
processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado
o amplo direito de defesa.”

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente
da Câmara dos Deputados

“Como o processo não
terminou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), essa providência da
decretação da prisão, esse açodamento na decretação da prisão do ex-presidente
configura a mais rematada expressão do arbítrio no século XXI”

José Roberto Batochio,
defensor de Lula

“Na verdade, isso é um absurdo
porque a defesa do presidente Lula ainda tinha até terça-feira para apresentar
os embargos dos embargos. É a hora de a gente estar com o presidente Lula,
então quero chamar todos ir a São Bernardo do Campo para mostrar nossa
solidariedade ao presidente Lula. Porque essa prisão é um absurdo, ilegal e
inconstitucional.”

Lindbergh Farias (RJ), líder
do PT no Senado

“Violência sem
precedentes na nossa história democrática. Um juiz armado de ódio e de rancor,
sem provas e com um processo sem crime, expede mandado de prisão para Lula,
antes de se esgotarem os prazos de recurso. Prisão política, que reedita os
tempos da ditadura”, 

Gleisi Hoffmann – presidente nacional do PT

“Prisão de Lula traz
esperança aos brasileiros. O Brasil mudou e vive um novo momento. Quem não se
conscientizar disso estará fora da política e preso respondendo pelos seus
crimes. A prisão de Lula mostra a força e a conscientização do povo brasileiro
em não aceitar quem usa o cargo público para corromper e ser corrompido. É uma
quebra de paradigma, pois ninguém imaginava que um dia um ex-presidente
corrupto iria para a cadeia. Os “intocáveis” vieram para a ala dos comuns e
receberão tratamento igualitário da justiça, que reergueu a autoestima do
brasileiro e reacendeu a esperança de um país mais justo”, 

Ronaldo Caiado
(GO) – líder do DEM no Senado