Os políticos já não falam a mesma língua da sociedade
Essa democracia em que os poderes não falam a mesma língua de seus cidadãos e nem interpretam as mudanças comportamentais da sociedade tende a ser tudo, menos democrática
Por: Wilson Silvestre
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Novas tecnologias, com suas ferramentas inovadoras em todos os setores da atividade humana, principalmente na difusão rápida de informações, ideias, fatos ou simples acontecimentos dentro da comunidade virtual, relegaram os conceitos difundidos pelos políticos como peças de museu. São ouvidos, mas normalmente ignorados por estarem desconectados da realidade das pessoas que vivem no mundo real.
Suas ideias não têm serventia na labuta contemporâneo da sobrevivência. Essa sociedade célere, inquieta com novos valores, crenças e sonhos não está sintonizada com os discursos dos políticos. Essa nova sociedade brasileira, outrora alheia às decisões de seus representantes no Congresso e nos Legislativos dos Estados e municípios, entrou em modo alerta. Passou a fazer parte do mundo novo que choca o presidente Lula e seus associados no poder.
Essa gente que não faz parte do lulopetismo não faz coro às narrativas construídas no meio acadêmico e partidário. Assim como o Lula, os eleitos para formular leis importantes ao conjunto da sociedade também estão desconectados da realidade cotidiana das pessoas. São prisioneiros de fórmulas arcaicas com raízes históricas construídas ainda no Brasil Colônia Portuguesa. Somam-se a eles juízes – salvo raras exceções – imersos em uma redoma de privilégios e se comportando como donos do poder.
Essa democracia em que os poderes não falam a mesma língua de seus cidadãos e nem interpretam as mudanças comportamentais da sociedade tende a ser tudo, menos democrática.