Na CPMI, Cid nega relação pessoal com Bolsonaro e fica em silêncio
Cid deveria comparecer na Comissão na última semana mas, devido aos esforços concentrados na Câmara dos Deputados, as sessões foram adiadas
Por: Luan Monteiro
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, presta depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Cid deveria comparecer na Comissão na última semana mas, devido aos esforços concentrados na Câmara dos Deputados, as sessões foram adiadas.
O tenente-coronel explicou como é feita a escolha dos ajudantes de ordem do presidente e negou vínculo pessoal entre ele e Bolsonaro. “Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política. […] Não estava na minha esfera de atribuições de analisar propostas ou demandas trazidas. Não participávamos da gestão pública”, disse.
Cid também disse que manterá o silêncio durante o depoimento. “Sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPMI, considerando a minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base na ordem do habeas corpus concedido em meu favor pelo Supremo Tribunal Federal, farei uso do meu direito constitucional ao silêncio. Agradeço a atenção de todos. Obrigado”, afirmou.
O recurso concedido a ele pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determina que ele é obrigado a comparecer à CPMI, mas tem o direito de manter o silêncio e não responder perguntas que o incriminem.
Cid está preso no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro desde 3 de maio. Ele é acusado de fraudar cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares do ex-presidente e seus familiares. Também foram encontradas mensagens de teor golpista em seu celular.
