Lealdade de Cruz a Caiado, o trunfo para 2024

Rogério Cruz parece não ter desistido, como tem sido desde que assumiu ao Paço, de ter apoio do governador na eleição do ano que vem

Postado em: 14-10-2023 às 08h00
Por: Yago Sales
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Lealdade de Cruz a Caiado, o trunfo para 2024 | Foto: Divulgação

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) não desanimou em nenhum momento desde que assumiu o Paço em janeiro de 2021. Passou por diversos empecilhos na gestão, tendo que contornar rachas, oposição ferrenha na Câmara e até ebulição de críticas de integrantes do próprio partido. E de quem, há pouco tempo, estava no primeiro escalão do governo municipal. 

Enquanto havia uma plantação de versões de que o chefe do executivo podia pedir arreio por que não teria forças para chegar forte no projeto de reeleição do ano que vem, Cruz permanecia firme. 

Na mesma direção de alguns prefeitos, apoiou a reeleição de Ronaldo Caiado  (UB) em 2020, embora, dizem, não há muito, em Goiânia, as pegadas de um governador na vitória de um candidato ao Paço. Mas poderia, em tese, evitar que algum aliado governista aproveitasse do poder do morador da Casa Verde para tentar alçar voo. O que tem acontecido. 

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Enquanto o partido Republicanos caminhava com a candidatura de Gustavo Mendanha, que concorreu ao governo pelo Patriota – e que está prestes a voltar para o MDB do vice-governador Daniel Vilela – Cruz decidiu apoiar Caiado. Vale lembrar que o então presidente da sigla, João Campos, foi candidato à única vaga ao Senado pela chapa mendanhista. 

O pleito municipal se avizinha e, o tão esperado apoio de Caiado, ainda não ficou definido. Há quem diga que Daniel Vilela ainda tem uma birra com Rogério Cruz após o rompimento de ambos nos primeiros meses da gestão. Vilela quer, de alguma forma, recuperar o Paço que, direta ou indiretamente, sempre teve algum tipo de influência emedebista em pastas e autarquias. 

O dilema: Caiado tem visto, de esguelha, o avanço de um aliado que não abre mão de jeito nenhum de correr na disputa do ano quem. Trata-se do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, do partido do governador. 

Não se sabe se Caiado vai preferir optar por dar fôlego à disputa do aliado ou, de certa forma, apoiar a candidatura de um aliado que, além de ocupar a cadeira de prefeito da cidade mais importante de Goiás, ter, ao seu alcance, a Igreja Universal

do Reino de Deus (Iurg). Tudo se soma à boa relação que o prefeito tem com praticamente todas as vertentes cristãs da capital. 

Por isso, existe uma vertente palaciana que acredita que Caiado vai, sim, tentar negociar com sua base. E, na pior das hipóteses (para Cruz, claro) ficar “neutro” na disputa à prefeitura na eleição de 2024. 

Um nome, contudo, olha só, teria condições de ser escolhido sem pestanejar: justamente Gustavo Mendanha. Ele até fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar ser candidato na capital. Nada, ainda. É possível que ele até tenha desistido. 

Por enquanto, não existe nada que pudesse indicar que Caiado vá encabeçar uma frente de apoio a Rogério Cruz. Talvez mais alguma conversa com um dos homens mais poderosos de Brasília, o presidente nacional do Republicanos, deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira. 

É com quem o União Brasil de Caiado deverá papear sobre eleições de 2026, tendo em vista que nomes das legendas já aparecem em estimuladas para presidente: Ronaldo Caiado e Tarcísio Freitas, respectivamente.

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