Abin utilizou sistema de espionagem irregular mais de 30 mil vezes, diz PF
Entre os alvos monitorados estão 1,8 mil pessoas consideradas adversárias da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Por: Luan Monteiro
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O sistema utilizado para monitorar ilegalmente a geolocalização de celulares foi utilizado mais de 30 mil vezes pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo investigação da Polícia Federal (PF). A informação é do jornal O Globo.
Entre os alvos monitorados estão 1,8 mil pessoas consideradas adversárias da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como jornalistas, advogados, políticos, policiais e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em operação deflagrada nesta sexta-feira (20/10), a PF apurou o uso indevido do software FirstMile sem autorização da Justiça por servidores da Abin.
Ao todo, dois mandados de prisão e 25 de busca e apreensão foram cumpridos. Além dos mandados, medidas cautelares diversas também foram cumpridas. Essas medidas foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e foram cumpridas em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás, além do Distrito Federal.
Por conta da investigação, cinco diretores da Abin foram afastados, entre eles o secretário de Planejamento e Gestão da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, nº 3 do órgão.
Na casa de Paulo Maurício, a PF apreendeu US$ 171,8 mil em espécie.