Entidades sindicais vão à Alego protocolar pedido de cassação de Amauri Ribeiro

Documento será entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto

Postado em: 07-11-2023 às 10h27
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Entidades sindicais vão à Alego protocolar pedido de cassação de Amauri Ribeiro
Documento será entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (Foto: Reprodução/Alego)

Grupos ligados ao Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania , que são entidades sindicais, sociais e populares, irão à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para peticionar ação de cassação do mandato do Amaury Ribeiro (União Brasil). A ação ocorre nesta terça-feira (7), às 14h.

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (SINT-IFESgo), João Pires Júnior afirma que as entidades entregarão a petição ao presidente da Alego, Bruno Peixoto (União brasil). O motivo são os ataques recentes e frequentes a lideranças políticas e, especialmente, aos deputados Bia de Lima (PT) e Mauro Rubem (PT).

No último mês, a bancada do PT já havia protocolado representação contra Amauri. De maneira conjunta, os deputados Mauro Rubem, Bia de Lima e Antônio Gomide chamam atenção para a tentativa de agressão física do parlamentar a Rubem. A ação, segundo eles, só não se concretizou em função da intervenção dos colegas e seguranças em plenário.

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Em anexo, os parlamentares destacaram alguns dizeres de Amauri: “seu filho de uma puta, seu drogado, seu filho de uma puta, seu safado, seu bosta”, disse a Rubem. E continua: “eu vou te ensinar a nunca mais mexer com a minha filha, vou te pegar”. O documento destaca que no dia seguinte, ou seja, no dia 11 de outubro, o parlamentar voltou a atacar Rubem.

A experiência de Bia de Lima também foi ressaltada no documento, tendo incorrido, inclusive, contra a honra “tipificados no Código Penal como calúnia, injúria e difamação”. O argumento é embasado nas seguintes declarações: “Vocês podem subir [na tribuna] e falar o que quiserem, mas não podem ouvir porque são mulheres. (…) A senhora é uma hipócrita, cara de pau, uma professora que nunca trabalhou, que vive na cacunda de sindicato, porque não gosta de trabalhar, é malandra igual a maioria dos seus”, disse o parlamentar antes de disparar, por fim, que a parlamentar “recebe e nao trabalha”.

O documento ressalta ainda que o “comportamento reprovável” do deputado incorre nas figuras típicas do Código de Ética da Casa. E cita: perturbar a ordem das sessões, praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências do Parlamento, praticar ofensas morais ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a mesa ou Comissão e seus respectivos presidentes.

Eles também chamam atenção para o uso de linguagem ou comportamento pautado por palavras ou gestos imorais, ou que firam a dignidade do Legislativo. Além de cometer ou atribuir a outros deputados, sem apresentar provas, “atos criminosos”.

“Cabe informar que o representado ganhou notoriedade por meio de seu comportamento agressivo e sua postura ultrajante. Destaca-se que o mesmo tem um histórico marcado pelo abuso do direito de liberdade de expressão, assim como , pelas práticas de agressões, racismo e homofobia”, diz outro trecho do documento.

Nesse sentido, o pedido das entidades ligadas ao Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania vem para complementar a demanda. Recentemente, inclusive, Ribeiro se desentendeu como suplente de deputado do PT, Fabrício Rosa. À época, eles trocaram “gritos” dentro da Casa por conta de debates sobre a guerra entre Israel e o Hamas, e o deputado do chapéu chamou o petista de “bostinha”. Fala comigo, seu bostinha, quando eu sair. Seu merdinha.”

Mesmo fora da tribuna, a confusão continuou, enquanto Fabrício chamava Amauri de homofóbico. “Homofóbico é você. Vocês que defendem um país que tem crime contra vocês.”

Em nota, o parlamentar afirma que o PT infiltra militantes para provocá-lo. “Mais uma vez fica evidenciado o trabalho conjunto da ESQUERDA em provocar confusões e tumultuar Sessões da Assembleia Legislativa com o claro objetivo de tentar afetar o Deputado Amauri Ribeiro”, argumentou.

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