Futuro presidente do PSDB Goiás defende que partido enfrente as urnas em 2024 e 2026

Para o ex-deputado estadual, Hélio de Sousa, tucanos contarão com a candidatura de Marconi ao governo e Leite à presidência, em 2026

Postado em: 02-12-2023 às 09h30
Por: Francisco Costa
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Para 2024, comenta-se, nos bastidores, que o nome de Matheus Ribeiro é certo na disputa | Foto: Reprodução

Com a saída de Marconi Perillo do diretório estadual do PSDB, uma vez que assume a legenda nacionalmente, caberá a Hélio de Sousa ocupar o cargo. Ao Jornal O Hoje, o ex-deputado estadual afirma que a legenda já tem uma “determinação firme”, que é a pré-candidatura, em 2026, do ex-governador tucano ao governo e a do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), à presidência.

Marconi foi confirmado como novo presidente do PSDB na quinta-feira (30). Indicação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), ele era o favorito para comandar a legenda. Durante a reunião, Eduardo Leite afirmou que estará junto com o novo presidente durante a gestão.

Agora, Perillo tem como desafio buscar crescer o patamar do partido, que perdeu espaço nas últimas eleições, principalmente em 2022. Integrantes do PSDB visam revisar a postura do partido e buscar uma mobilização para que esses números sejam melhores já nas eleições municipais de 2024.

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Hélio de Sousa entende esses desafios. A posse de Marconi ainda não foi definida, assim como a do ex-deputado. Segundo o futuro comandante da legenda em Goiás, na próxima semana haverá uma reunião para tratar da transição. 

Mas se já existe o pensamento em 2026, em 2024 não é diferente. Hélio aponta ter o mesmo entendimento de Marconi. “Partido para crescer tem que enfrentar as urnas.” De acordo com ele, o tucanato terá candidatos às prefeituras da maioria das cidades de Goiás. 

Na capital

Em relação a Goiânia, Hélio reforça que o diretório municipal tem autonomia, mas completa que, no momento oportuno, “estudaremos a performance”. Ele cita que, em Goiânia, existem dois pré-candidatos: o jornalista e suplente de deputado federal, Matheus Ribeiro, e a vereadora e presidente do PSDB metropolitano, Aava Santiago. “Estive com Matheus, na quinta, e ele me disse que está firme”, emendou.

Questionado se é possível compor (como vice), ele reforça que, no momento, existem as duas pré-candidaturas e é preciso trabalhar com o “plano A”. “Não conseguindo vislumbrar, lá na frente, poderemos ver o que o partido vai decidir, que será uma decisão coletiva. Vamos buscar entendimento, respeitando a autonomia municipal.” Sobre essa aliança poder ser com o PT, que Marconi já disse ser oposição nacionalmente, Hélio se esquiva. “Até as convenções teremos o melhor caminho.” 

Ainda sobre os planos, quando assumir a legenda, ele destaca a determinação de Marconi: atrair lideranças tradicionais e jovens. Ele ressalta, ainda, a importância na busca por nomes ligados ao movimento negro e feminino. “Esses segmentos passam a ser o perfil que precisamos. E as bases são fundamentais”, conclui.

PSDB em números

Em Goiás, o PSDB é a segunda legenda com mais filiados: 69.179, atualmente. Em agosto de 2022 eram 71.371. É preciso lembrar, por meio do “Tempo Novo”, Marconi e aliados permaneceram 20 anos no poder, no Estado. Além disso, nacionalmente o partido tinha grande destaque, polarizando com o PT até 2014. 

Hoje fragilizado no País e em Goiás – o ex-governador teve duas derrotas ao Senado nos últimos anos – o PSDB ainda mantém um alto número de filiados, bem como uma deputada federal goiana, sendo 18 no total pela federação com o Cidadania. No País, o partido tinha 1.352.597 em agosto passado. Atualmente, 1.327.137. Nacionalmente, a redução foi de cerca de 1,9%.

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