Mesmo fora do primeiro escalão, PT segue com Vilmar em 2024

"O prefeito tem sido transparente e leal no relacionamento com o partido”, garante o deputado federal Rubens Otoni

Postado em: 08-12-2023 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Segundo ele, sobre a parceria no município, “é uma aliança sólida que vem na sequência de várias administrações” | Foto: Letícia Coqueiro

Em Goiânia e Anápolis, o Partido dos Trabalhadores (PT) deve ter protagonismo nas disputas ao Paço. Em Aparecida de Goiânia, segundo maior colégio eleitoral do Estado, a sigla, no entanto, seguirá como fiel escudeira do prefeito Vilmar Mariano (MDB), mesmo sem ocupar cargo no primeiro escalão na prefeitura. 

A informação foi confirmada pelo deputado federal Rubens Otoni, um dos expoentes do PT em Goiás. Segundo ele, sobre a parceria no município, “é uma aliança sólida que vem na sequência de várias administrações”. 

De fato, o partido esteve junto do ex-prefeito Maguito Vilela (MDB), que governou o município por dois mandatos, com o ex-gestor Gustavo Mendanha (PRD, rumo ao MDB) e agora com Vilmar Mariano. Nas gestões passadas, contudo, ocupou postos de mais destaque. O hoje presidente municipal da sigla, Adriano Montovani, comanda a secretaria executiva de Assuntos Institucionais. Segundo escalão. 

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Questionado sobre a possibilidade de migrar para o primeiro, Otoni minimiza. “Nunca houve esse compromisso. O PT ocupa vários outros espaços”, argumenta e emenda: “O prefeito Vilmar tem demonstrado competência na articulação política com os vários partidos que compõem o governo e tem sido transparente e leal no relacionamento com o PT.”

Base

Uma base ampla é importante em uma reeleição e o prefeito Vilmar Mariano sabe disso. Em 2020, Gustavo foi reeleito de forma histórica com mais de 95% dos votos. 

Histórica, também, foram as alianças feitas pelo então emedebista. Além do partido dele, compunham a coligação: PL, PMN, PSD, Podemos, PSL (hoje União Brasil, em fusão com o DEM), PSB, Patriota (que se fundiu com o PTB para formar o PRD), PP, PTC, Republicanos, PMB, PSDB, PV, DC, PT, Solidariedade, PCdoB, PDT e Cidadania.

Dificilmente Vilmar conseguirá chegar a tanto. Até porquê, algumas destas siglas devem ter candidatos. O PL, por exemplo, tem o Professor Alcides. Já o PSD pode ter o nome de Ademir Menezes. Há, ainda, o Podemos, de João Campos, que negocia a vice, o que não está definido.

Goiânia e Anápolis

Diferente de Aparecida, em Goiânia, o PT busca protagonismo no páreo. O partido tem como pré-candidata a deputada federal Adriana Accorsi. A petista, que é cotada para o ministério da Segurança Pública, caso seja recriado – conforme adiantado pelo Jornal O Hoje –, figura bem colocada em pesquisas de intenções de voto. 

A congressista, que também já foi deputada estadual, disputou a prefeitura de Goiânia em dois momentos. Em 2016, ficou em quinto lugar. Já no ano de 2020, terminou em terceiro. Correligionários apostam que este é o melhor momento de Accorsi. Além do nome consolidado, ela é apadrinhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O mesmo pode se dizer do deputado estadual Antônio Gomide (PT). Pré-candidato à prefeitura de Anápolis, ele geriu o município por duas ocasiões, deixando o cargo com alta avaliação. Em 2020 foi derrotado pelo prefeito reeleito Roberto Naves (hoje presidente do Republicanos), mas a análise é que o cenário atual, de vácuo de poder, seria o mais favorável ao petista.

Anteriormente, ao Jornal O Hoje, Otoni, que é irmão de Gomide, reforçou que o nome dele já estava definido. Para ele, com uma avaliação positiva do governo Lula, a campanha poderá ser impactada. 

“É natural que um governo avaliado positivamente possa contribuir. [Além disso] A chance real de vitória do nosso candidato a prefeito pode ser mais um fator de estímulo ao eleitorado”, destacou. Assim como Accorsi, Gomide tem se destacado nas pesquisas de intenção de votos.

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