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domingo, 22 de dezembro de 2024
OPERAÇÃO CASH DELIVERY

Jayme Rincón consegue Habeas Corpus após uma semana preso

Ex-presidente da Agetop estava preso desde a sexta-feira passada (28/9) na Polícia Federal de Goiânia

Postado em 5 de outubro de 2018 por Rafael Oliveira
Jayme Rincón consegue Habeas Corpus após uma semana preso
Ex-presidente da Agetop estava preso desde a sexta-feira passada (28/9) na Polícia Federal de Goiânia

O ex-presidente da Agência Goiana de Transportes (Agetop) Jayme Rincón conseguiu um habeas corpus na noite desta sexta-feira (5) e deixará a cela na Polícia Federal de Goiânia a qualquer momento, informou o advogado de defesa Antônio Carlos de Almeida. 

Rincón estava preso desde a última sexta-feira (28/9) quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Cash Delivery em Goiânia e São Paulo. Os agentes da PF apreenderam documentos na casa do ex-presidente e outros endereços ligados ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Rincón foi coordenador financeiro de Perillo nas campanhas de 2010 e 2014. O ex-governador é acusado de receber aproximadamente R$ 12 milhões em Caixa 2, nas duas campanhas. 

A PF também apreendeu na última sexta-feira R$ 940 mil reais na casa do motorista de Rincón e R$ 80 mil na casa dele. 

Nota do advogado de defesa, Antônio Carlos de Almeida, conhecido como Kakay: 

“A Defesa do Jayme Rincón, constituída especialmente para o HC, desde o início da deflagração da Operação Cash Delivery, sustenta que a operação tem cunho eleitoreiro. A prova disto é que uma delação já há muito conhecida, a da Odebrecht, que aponta pagamentos de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014, foi o fundamento das prisões. 

É evidente a falta de contemporaneidade que possa justificar uma medida tão grave como a supressão da Liberdade. Ninguém esta acima da lei e a Defesa não tem nenhuma preocupação com a investigação. Mas o uso abusivo da prisão em um momento pre eleitoral é extremamente grave e tende a desestabilizar o necessário equilíbrio nas eleições. A decisão do TRF começa a resgatar a verdade e a devolver ao eleitor de Goiás a autonomia para decidir o seu destino. Desde o início a Defesa afirmou que a prisão era injusta, extemporânea e ilegal. A espetacularização do processo penal não serve para o estado democrático de direito”.

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