Lula avalia demissão de cúpula da Abin, afirma jornalista

Operação da Polícia Federal (PF) aponta que haveria conluio na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para blindar investigados | Foto: Ricardo Stuckert

Postado em: 26-01-2024 às 17h20
Por: Isadora Miranda
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Operação da Polícia Federal (PF) aponta que haveria conluio na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para blindar investigados | Foto: Ricardo Stuckert

Alvo de investigação da Polícia Federal (PF), cúpula da Abin pode sofrer demissões pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Novas informações da PF apontam que software First Mile foi utilizado para espionar opositores entre 2019 e 2021 e, por isso, Lula avalia a permanência do grupo responsável pelo comando da agência.  

Segundo apurações de Andréia Sadi, do G1, investigadores da PF indicam que a continuidade de membros na direção da Abin teria se tornado “insustentável”. Entre eles, estão Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral, e o diretor Alessandro Moretti. O primeiro, inclusive, tem a confiança de Rui Costa, ministro da Casa Civil e responsável pelas decisões relativas a demissões.  

As investigações 

Nesta quinta-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou buscas a suspeitos ligados ao esquema de monitoramento ilegal da Abin. Em concordância com informações do G1, um dos focos foi Alexandre Ramagem, atual deputado federal e ex-diretor-geral da agência. À imprensa, ele alegou inocência.  

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O software 

Conforme investigação da PF, o First Mile, sistema israelense desenvolvido pela empresa Cognyte, seria utilizado para monitorar, irregularmente, servidores públicos, políticos, advogados, jornalistas e, até mesmo, juízes. A Data Privacy Brasil assegura a tecnologia poderia gerar alertas sobre a rotina de quem era espionado, além de identificar a localização aproximada dos dispositivos.  

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