Darrot X Peixoto, uma missão para Caiado e Daniel decidirem

Caiado quer consenso de aliados, mas informação é que Jânio amarga menos de 1% das intenções de voto na capital

Postado em: 29-01-2024 às 09h51
Por: Yago Sales
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Caiado quer consenso de aliados, mas informação é que Jânio amarga menos de 1% das intenções de voto na capital | Foto: Divulgação

O consenso dos consensos: aposta em Jânio Darrot, o empresário e ex-prefeito de Trindade, à disputa em Goiânia, pode ser o prenúncio de uma das derrotas mais previsíveis da história de pleitos municipais da capital. Com 0,97%, Darrot é o nome que surgiu, em meio à fritura de Bruno Peixoto, o favorito da base governista, como alguém que poderia correr sob a escolha de Ronaldo Caiado. 

Tudo em nome do controle do governador sobre o partido, União Brasil, e, evidentemente, da participação dos partidos aliados, sempre pensando, claro, no inadiável projeto à eleição de Caiado ao Planalto em 2026. Por isso o enorme esforço para não desgastar partidos como Republicanos, por exemplo. E olha que ali no barco da sigla de Marcos Pereira navega o prefeito Rogério Cruz rumando à corrida pela reeleição. 

Bruno, por outro lado, tem crescido nas pesquisas. Ex-vereador e deputado atuante – e atual presidente da Assembleia Legislativa -, tem o rosto identificado com a capital. Tem feito movimentos em 360º graus rumo à corrida eleitoral em outubro próximo mas, por outro lado, tem enfrentado percalços no Palácio das Esmeraldas, sobretudo com o morador da Casa Verde, o governador Ronaldo Caiado. 

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De qualquer forma, o aceno para os defensores da candidatura de Bruno Peixoto é que, por enquanto, há o silêncio perene de Caiado e Bruno Peixoto. Mas trata-se de uma construção que corrobora com a primeira sinalização que, claro, não convenceu, do recuo de Bruno à disputa quando concedeu entrevista dizendo que iria se dedicar, no entanto, à Câmara Federal em 2026.

Por outro lado, como noticiou o jornal O Hoje, lideranças e pessoas próximas a Bruno logo correram para amenizar o desmonte do acampamento em volta do projeto de eleição de Bruno ao Paço. O que se sucedeu, contudo, foi um corre corre em prol da manutenção do nome de Bruno como o nome do União Brasil e, evidentemente, do governador Ronaldo Caiado e, também por isso, da base governista, atraindo o MDB de Daniel Vilela. 

MDB que não teria nenhuma dificuldade para abraçar o projeto do deputado. Afinal, foi dali que Bruno e sua família – de ex-vereadores – conseguiram a consolidação do sobrenome Peixoto à história da política, primeiro goianiense, para posteriormente alcançar uma importância estadual. 

Ao contrário de Darrot que conta “apenas” com o que chama de experiência com gestão. Ex-prefeito de Trindade, a capital da Fé goiana – e brasileira também -, o nome de Darrot é desconhecido pelo eleitorado goianiense. 

Em dezembro do ano passado, reportagem do jornal O Hoje fez uma análise sobre as dificuldades de Jânio em uma tentativa de concorrer na capital. O fator desconhecimento é um deles. O ex-prefeito de Trindade, por melhor que tenha sido sua gestão no município, é figura estranha aos olhos dos goianienses.

Para além dessa situação, Jânio amarga quatro anos longe do poder. Enquanto prefeito de Trindade, o político foi amplamente notado diante das inúmeras ações que encabeçou no município. Depois que deixou a cadeira, foi se tornando, com o passar do tempo, cada vez mais distante do protagonismo político. Hoje, apesar de reconhecido pelos feitos, conta com um distanciamento do eleitor de sua própria cidade, quem dirá, então, em Goiânia. Um outro fator que pesa, segundo fontes consultadas pela reportagem, tem relação com a debandada do político.

Em um passado não muito distante, Darrot compunha o alto escalão do PSDB goiano, orquestrado pelo ex-governador e principal adversário caiadista, Marconi Perillo. Darrot foi presidente do partido na cidade e atuou na maior parte do tempo ao lado de Perillo.

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